Com investimento de R$ 12,3 milhões, país terá a primeira planta-piloto para reciclagem de baterias

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A Tupy, multinacional brasileira com foco em metalurgia, anunciou o projeto da sua primeira planta-piloto de reciclagem de baterias com R$ 12,3 milhões em investimentos. A unidade vem sendo desenvolvida em parceria com Universidade de São Paulo (USP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A planta será instalada no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, e será a primeira a utilizar uma tecnologia de hidrometalurgia flexível, capaz de processar, no mesmo lote, as diferentes composições químicas das baterias existentes no mercado.

De acordo com estimativa da consultoria McKinsey & Company, o volume mundial de baterias para reciclagem deverá chegar a 1,85 milhão de toneladas até 2030, havendo, a partir desse ano, um déficit de 10% a 20% entre a demanda por lítio e a capacidade produtiva desse mineral, o que projeta a reciclagem como fonte secundária estratégica.

Esta previsão refere-se, basicamente, a baterias de veículos eletrificados. O processo desenvolvido em colaboração com USP e Embrapii ainda proporciona reciclagem de baterias de eletrônicos como notebooks, celulares e tablets, e os bancos de baterias, fundamentais para otimizar geração de energia renovável das fontes intermitentes como solar e eólica.

“A planta-piloto que funcionará no IPT será a primeira a utilizar tecnologia de hidrometalurgia flexível, capaz de processar, no mesmo lote, diferentes químicas de baterias existentes no mercado. Isso deve conferir aumento de produtividade de processamento. A hidrometalurgia é um processo químico que utiliza menos energia do que os meios convencionais de recuperação e possibilita maior reaproveitamento de materiais incluindo o lítio, que não é restaurado na pirometalurgia convencional”, conta o diretor de P&D Disruptivo da Tupy, André Ferrarese.

Segundo a coordenadora de Programas, Inovação e IPT Open, Mari Katayama, “a planta-piloto será fundamental para consolidar uma tecnologia que terá impactos relevantes na economia e no meio ambiente, passando a tecnologia do nível TRL 5 para o TRL 7, usando o conhecimento e experiência do IPT e a adequação de infraestrutura com instalação de máquinas e equipamentos necessários ao processo, pela Tupy”.

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