Helte adquire 40 mil módulos da Sengi e quer impulsionar vendas de módulos nacionais

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A Helte, parte do grupo Grupo HLT, formado também pelas empresas Inemex e Ângulo, anunciou que está investindo R$ 100 milhões até o final de 2025 na aquisição de módulos e sistemas fotovoltaicos fabricados no Brasil, em uma parceria com a Sengi Solar. Até o segundo semestre deste ano, já foram aplicados R$ 25 milhões.

De acordo com o CEO do Grupo HLT, Junior Helte, o investimento em 53 carretas, correspondente a 40 mil módulos, visa impulsionar o desenvolvimento da indústria solar no Brasil. “Os painéis e geradores que produzimos aqui são tão bons quanto os importados da China. Mas como os chineses dominam a fabricação e exportam em grande escala, conseguem reduzir o custo final. A ideia é, por meio dessa iniciativa, ajudar a tornar a indústria nacional mais competitiva”, explica Helte.

Atualmente, apenas 5% do faturamento da Helte vem da comercialização de módulos nacionais. Com a nova parceria, a meta é aumentar essa participação para 20% até o final de 2025. “Nosso objetivo é valorizar a produção brasileira, fortalecendo a mão de obra local e impulsionando a cadeia produtiva”, afirma o CEO. Outro fator que pode favorecer a indústria nacional é o recente aumento na tarifa de importação de painéis solares, que em janeiro deste ano subiu para 10,8%.

Os módulos nacionais adquiridos pela Helte utilizam a tecnologia monofacial, que capta luz exclusivamente pela face frontal do equipamento. Com uma potência de 550 watts, esses painéis são adequados e eficientes para aplicações residenciais, comerciais e industriais.

Outra iniciativa da Helte para fortalecer o mercado nacional de energia solar foi a entrada no segmento de energia por assinatura, anunciada em agosto. Em parceria com a cooperativa OpenGD, a empresa passou a oferecer uma nova forma de acesso à energia limpa. Sem a necessidade de investir em infraestrutura própria, como painéis solares, a geração compartilhada se apresenta como uma solução para democratizar a fonte solar no Brasil. A previsão é atender 5 mil clientes até o final de 2024 com esse novo modelo de negócio.

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