Nextracker investe US$ 25 mil em projeto que leva energia solar para comunidades indígenas na Amazônia

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A Nextracker anuncia investimento de US$ 25 mil no projeto Kurasí Tury, um piloto da Revolusolar para o desenvolvimento de um novo modelo energético sustentável e acessível para comunidades indígenas na Amazônia. Entidades como Tardezinha, UCB e a Honnold Foundation também fazem parte do projeto.

O projeto Kurasí Tury, que na língua nheengatu significa Energia do Sol, realizou em 2022 a instalação de um sistema fotovoltaico e um inversor na Escola Indígena Municipal Arú Waimi, localizada na comunidade indígena Terra Preta, que fica a 55 quilômetros de Manaus (AM). Ao todo, foram gerados 8,2 quilowatt-pico (kWp).

No total, 20 moradores locais foram capacitados como instaladores de energia solar fotovoltaica a fim de garantir mão de obra qualificada para realizar a manutenção do sistema fotovoltaico instalado, e seis oficinas sobre energia solar e mudanças climáticas foram ministradas no local para manutenção do engajamento da comunidade com o tema e os sistemas fotovoltaicos agora presentes.

O projeto conta com o apoio da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME), a Associação Comunitária Indígena de Terra Preta (ACINCTP) e o Instituto Federal do Amazona (IFAM).

Geração X acesso à energia renovável

Atualmente, os estados da Amazônia Legal são responsáveis por distribuir mais de 27% da geração de energia elétrica para o Brasil. No entanto, mais de 14% da população da região (quase 1 milhão de pessoas) não tem acesso à energia elétrica que é gerada no Sistema Interligado Nacional (SIN), conforme informações da Climate Policy Initiative (CPI). Desta forma, para atender a demanda da população, a Amazônia, que exporta energia renovável para os demais estados brasileiros, precisa recorrer ao combustível fóssil, que é responsável por diversos problemas ambientes, incluindo o efeito estufa.

Um relatório da Revolusolar apontou que, em novembro de 2023, a população da comunidade Terra Preta ficou nove dias sem eletricidade da rede elétrica. Durante esse período, as famílias dependeram exclusivamente da eletricidade fornecida pelo sistema fotovoltaico instalado na escola, o único local que não sofre com apagões prolongados. A verba doada foi destinada a segunda fase do projeto, iniciada em dezembro de 2023 para levar energia ao centro de saúde, centro comunitário e sistema de bombeamento de água. Da capacidade total instalada, foram gerados 1,3 MWh de energia.

“Estamos empolgados em contribuir para esse projeto tão importante para os moradores da comunidade Terra Preta. Para nós, a energia solar vai além da geração de energia limpa e participar de iniciativas como essa reforça nosso propósito de fortalecimento da cultura local e melhoria na qualidade de vida, promovendo o desenvolvimento socioeconômico nas comunidades”, comenta o diretor sênior de Desenvolvimento de Negócios da Nextracker, Nelson Falcão.

A Nextracker é responsável por fornecer tecnologia avançada de rastreador solar (tracker) para empresas de geração centralizada, que produzem energia fotovoltaica em larga escala. Com software baseado em machine learning integrado, o rastreador é responsável pelo posicionamento das fileiras de módulos fotovoltaicos individualmente, de acordo com fatores como sombreamento, clima e condições geográficas da usina, com o objetivo de pegar todo o aproveitamento do período solar e aumentar de 20% a 30% na geração de energia, em relação aos módulos fixos.

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