Comunidade da Babilônia é a primeira favela a receber cobertura de telhas fotovoltaicas

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Uma residência na comunidade da Babilônia, no Rio de Janeiro, acaba de receber o primeiro telhado fotovoltaico instalado em uma favela. Em parceria com a ONG Revolusolar, a da Eternit, empresa do setor de materiais de construção, em especial, no mercado no segmento de coberturas – doou uma série de itens para a construção dob telhado solar. Foram 12 telhas fotovoltaicas Eternit Solar, o Eterfoil (manta térmica de subcobertura), cumeeiras, telhas, mão de obra de instalação e disponibilizou orientação técnica para finalização do telhado.

Lançada no primeiro semestre de 2023 pelo grupo, a solução chegou ao mercado com a perspectiva de democratizar o acesso à energia renovável, já que possui compatibilidade com as conhecidas telhas onduladas de fibrocimento. Com a estimativa de geração mensal de energia de 200 kwh/mês e uma potência de 1,72 Kwp, a economia na conta de luz pode chegar entre R$ 150 e R$ 200 por mês em casas populares, como a selecionada na comunidade. Nesses casos, a expectativa de retorno sobre o investimento pode acontecer em até cinco anos.

“A energia solar é uma solução revolucionária que vem sendo cada vez mais acolhida pelo público brasileiro. É uma tecnologia que tem alto potencial de mercado e que irá beneficiar uma camada maior da população por seu custo mais acessível”, destaca o presidente da Eternit, Roberto de Oliveira Andrade, acrescentando que a companhia já estuda outros pilotos em comunidades.

O sistema fotovoltaico instalado na residência na Babilônia, que abriga um casal de idosos, foi on-grid, ou seja, conectado à rede pública de distribuição de energia elétrica. As telhas são projetadas para se integrarem perfeitamente a telhados novos ou a telhados pré-existentes, sem necessidade de grandes modificações na estrutura, uma vez que o peso da telha permanece praticamente o mesmo com as células fotovoltaicas aplicadas. “Fizemos apenas algumas adaptações na casa para regularizarmos a construção e deixá-la mais confortável termicamente”, explica o Supervisor de Projetos Fotovoltaicos, Fábio Filho.

A iniciativa acontece em meio ao crescimento da energia fotovoltaica no país. Com dois gigawatts (GW) de energia solar adicionados somente este ano, o Brasil ultrapassou a marca de 39 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte fotovoltaica desde 2012, somando as usinas de grande porte e de geração distribuída (telhados, fachadas e pequenos terrenos, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Tecnologia brasileira

Com diversas possibilidades de aplicação, além de casas populares, a Eternit Solar pode ser utilizada em pequenos comércios, galpões agrícolas, confinamento de bovinos, suínos, aves e construções sem telhado aparente. A tecnologia faz parte da linha de produtos fotovoltaicos que a Eternit vem desenvolvendo, cujo primeiro lançamento para o mercado foi a telha de concreto Tégula Solar, comercializada pela empresa a partir de agosto de 2021.

As duas linhas utilizam um processo de fabricação que permite que o módulo de captação de energia solar seja integrado às telhas, obtendo excelente performance mesmo em altas temperaturas. Por esta inovação, a Eternit recebeu o registro de patente verde pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), detendo o direito exclusivo de exploração comercial da tecnologia no Brasil.

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