Instituição parte do Banco Mundial aumenta financiamentos vinculados à sustentabilidade no Brasil

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A International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, destinou US$ 6,5 bilhões para o Brasil no ano fiscal de 2023 (de 01/07/22 a 30/06/23) com foco nos principais setores da economia incluindo água e saneamento, saúde, energias renováveis e infraestrutura. Esse é o maior valor que a IFC já destinou ao Brasil e inclui financiamentos de curto e longo prazo com recursos próprios da IFC e mobilizados junto a terceiros, representam um salto de 48% em relação ao ano fiscal anterior.

No ano fiscal de 2023, 66% dos investimentos com recursos próprios da IFC (cerca de US$ 1,1 bilhão) foram para projetos que incorporam soluções de mitigação ou adaptação às mudanças climáticas no Brasil. Isso representa um aumento de 44% em comparação com o ano fiscal anterior. Dos US$ 6,5 bilhões investidos no Brasil, US$ 4,2 bilhões foram mobilizados com outras instituições financeiras, reforçando o papel do IFC na captação de investimentos privados para apoiar o crescimento do Brasil.

Empréstimo vinculado à sustentabilidade para reforço de rede

Em março, a IFC cedeu empréstimo verde e vinculado à sustentabilidade de US$ 155 milhões (R$ 800 milhões) à Neoenergia Elektro, para reforço na rede de distribuição de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que permitirá a integração de mais energia renovável.

O custo do empréstimo está vinculado ao cumprimento de duas metas de sustentabilidade corporativa pela Neoenergia Elektro. A primeira é o aumento da digitalização das redes, que reduzirá as perdas de energia e as emissões de GEE relacionadas. A segunda é o aumento de eletricistas mulheres em sua força de trabalho.

Em 2022, a IFC tinha aprovado o primeiro empréstimo vinculado a indicadores de sustentabilidade para outra empresa do grupo, a Neoenergia Coelba, no valor de US$ 115 milhões (R$ 550 milhões).

Nos últimos três anos, a IFC financiou cerca de US$470 milhões, seja por meio de instituições financeiras, para empréstimos focados no financiamento de projetos de geração distribuída, seja por meio de empréstimos corporativos para projetos de geração de energia renovável. No setor de energia, a IFC analisa a possibilidade de financiamento de projetos de grande porte (com tamanho acima de 100MW) via empréstimos, em moeda local ou em dólar, ou participação acionária minoritária.

“O recorde de investimentos da IFC pelo terceiro ano consecutivo evidencia o nosso compromisso de apoiar a visão de desenvolvimento do Brasil. Potencializar o financiamento do setor privado para melhorar a produtividade, fortalecer o mercado de capitais do Brasil, capacitar as pequenas empresas e apoiar inovações para enfrentar as mudanças climáticas foram os principais focos do nosso trabalho no último ano”, afirmou o gerente-geral da IFC no Brasil, Carlos Leiria Pinto.

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