Preço dos sistemas de energia solar caiu 17% no primeiro semestre, aponta estudo da Greener

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A Lei 14.300/22 sobre geração distribuída trouxe importantes mudanças nas regras do setor a partir de janeiro deste ano. Apesar da mudança na compensação dos créditos, a queda dos preços dos equipamentos melhorou o “payback”, ou seja, reduziu o prazo de retorno, dos investimentos em sistemas fotovoltaicos residenciais e comerciais no primeiro semestre.

Os preços dos sistemas fotovoltaicos para o consumidor final caíram 17% em junho em comparação com janeiro. A queda foi impulsionada pela diminuição nos custos dos módulos fotovoltaicos, além da variação cambial e sobreoferta de equipamentos no atacado.

De acordo com o novo Estudo Estratégico da Geração Distribuída (Estudo GD) produzido pela Greener, empresa de inteligência e consultoria, a demanda do mercado brasileiro por módulos ultrapassou 7 GW no primeiro semestre para atender o mercado GD e grandes usinas, o que representa uma queda de 19% em comparação com igual período de 2022.

Importação de módulos

Entre as empresas fornecedoras de módulos, a Canadian Solar e a Jinko lideram, praticamente empatadas, com 1.291 MW e 1.214 MW exportados para o Brasil, respectivamente, no primeiro semestre. Em seguida aparecem Longi (759 MW), Risen (721 MW), JA Solar (594 MW) e Sunova (589 MW). As top 10 empresas fornecedoras de módulos concentraram 85% das importações brasileiras, em um mercado com 74 marcas fornecedoras.

A Greener estima que este volume de importação no primeiro semestre deve resultar em investimentos superiores a R$ 25 bilhões.

“Apesar do primeiro semestre desafiador para o mercado solar, a queda dos preços e a tendência de redução dos juros trazem um cenário mais favorável para investimento na geração própria”, observa o diretor da Greener, Marcio Takata.

Financiamento

Outro destaque do estudo é que o financiamento de sistemas fotovoltaico apoiaram 48% das vendas no primeiro semestre. A participação é maior do que os 30% nas vendas realizadas no primeiro semestre de 2022. Mas, por outro lado, as condições atuais de financiamento foram citadas como o principal para o não fechamento de vendas, que caíram 60%.

A taxa de juros elevada e o aumento da percepção de risco por parte dos bancos refletem em crédito mais restrito ao mercado.

O Estudo GD contou com a participação de 2.492 empresas que vendem e instalam sistemas de energia solar entre os dias 03/07 e 31/07 de 2023.

No dia 20/09, às 14 horas, a consultoria realiza a primeira edição da “Imersão GD”, evento presencial em São Paulo, com transmissão online, com uma análise dos pontos principais do Estudo GD feita pela área de Inteligência de Mercado da Greener.

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