Nova plataforma quer impulsionar serviços de operação e manutenção de usinas solares

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A PV Operation está disponibilizando a partir de junho a plataforma online Asset Management, que permite localizar ativos solares operacionais e empresas especializadas em operação e manutenção, com o objetivo de diminuir o tempo de usinas paradas. A plataforma terá uma versão gratuita.

“A principal dor da usina em operação é ela ficar parada. O Brasil hoje perde milhões por MWh que deixa de ser gerado, por demora no tempo de resposta, por não ter equipe no local”, diz o CEO da PV Operation, Siqueira Neto. “[A plataforma] é um serviço de gerenciamento de ativos, indicada especialmente para usinas GD, que poderiam compartilhar equipes e estoque de peças sobressalentes”, diz o executivo.

A plataforma indica a localização e informações de ativos solares em operação, com base em dados públicos da Aneel e dos donos das usinas; e das empresas de serviços de manutenção, que também passam por um processo de validação, incluindo o envios de documentos. Na lista informações sobre as usinas poderão estar por exemplo marcas e modelos de inversores, trackers, transformadores, enquanto sobre as empresas de O&M será possível visualizar o tempo de resposta previsto no SLA e quais serviços são prestados.

Mesmo empresas de segurança poderão aparecer entre os prestadores de serviços, diz Siqueira. “Há muitos problemas com roubo, que estão causando prejuízos enormes e que podem ser tratados em conjunto”, comenta.

Esse compartilhamento de soluções entre as empresas também poderá ser feito através de um fórum disponível na plataforma. “A gente quer que seja um grupo de discussão”, diz Siqueira Neto. A ideia é direcionar esforços para solucionar os principais problemas de O&M identificados pelos donos das usinas.

Inversores como item crítico e terceirização de equipes: uma amostra de 2 GW

Uma reunião de mais de 30 empresas, em um evento de financiamento para solar realizado no dia 06/05 no escritório da XP, em São Paulo, já apontou algumas direções. O grupo, que reúne 2 GW em operação e 6 GW em projetos, respondeu uma pesquisa da PV Operation sobre os serviços de manutenção em seus ativos conectados à rede.

Dos respondentes, 35,3% não souberam responder qual porcentagem de seus ativos estavam atingindo o performance ratio esperado, 26,5% disseram que entre 51% e 75% dos seus ativos estavam atingindo o PR esperado, enquanto 38,2% disseram que mais de 75% dos ativos estavam atingindo o PR esperado.

Falhas nos transformadores (20,6%) e falhas (14,7%) e ineficiência (outros 14,7%) dos inversores foram as causas mais citadas para uma taxa de desempenho abaixo do esperado. A falta de manutenção adequada também foi citada, por 11%.

Os inversores (41,2%), seguidos por peças de trackers (26,5%) são os componentes que mais originam paradas das usinas.

Mais da metade das empresas participantes realizam rotinas de pós-comissionamento – como teste curva IxV, termografia, testes de isolamento – a cada seis meses ou mais.

Quase a metade das usinas, ou 47%, tem equipes de manutenção são terceirizadas e 29,4% das empresas têm equipes próprias de manutenção em todas as usinas. Tempo de resposta com bom custo (32,4%) e experiência da empresa fornecedora (17,6%) foram citados como principais critérios para contratar manutenção terceirizada.

Siqueira diz que algumas empresas do grupo que respondeu a pesquisa se juntaram em um Grupo de Trabalho, que já tem marcadas duas reuniões, uma em agosto, antes da Intersolar, e outra em novembro, antes do 360 Solar.

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