Jinko vê ligeira desaceleração no mercado de módulos e crescente busca por armazenamento no Brasil

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A Jinko espera uma pequena retração no mercado brasileiro de módulos fotovoltaicos em 2024, em comparação ao volume enviado para o país em 2023. “Ainda assim enxergamos 2024 como um ano bastante promissor onde a geração distribuída deve ser novamente o grande destaque sobretudo para o segmento de projetos GD I e II.O volume de geração centralizada será menor em função de uma retração na demanda do mercado dadas condições pouco favoráveis, como por exemplo, baixo preço dos PPAs por conta da sobreoferta de energia, juros ainda em patamares elevados e baixa demanda”, diz o head de Vendas de Geração Centralizada da Jinko Solar no Brasil, Gervano Pereira.

A companhia enviou 3.402 MWp de módulos para o país em 2023, de acordo com levantamento da Greener, o que a posicionou como líder do mercado no ano passado.

“Em 2023, tivemos uma concentração de 80% dos embarques em geração centralizada e 20% em geração distribuída. Foi um ano que as condições macroeconômicas e demanda do mercado favoreceram uma concentração maior do volume embarcado em geração centralizada. Para 2024, a divisão deve ser equilibrada, mas ao contrário de 2023, com uma participação maior em geração distribuída”, conta Pereira à pv magazine.

Por outro lado, avalia, a geração distribuída continuará sendo o grande propulsor do crescimento da energia solar no Brasil com destaque para os setores residenciais, comerciais e sobretudo nas indústrias onde as empresas estão utilizando a energia solar para reduzir os custos operacionais e aumentar a sustentabilidade dos seus negócios.

Para projetos de geração centralizada o principal módulo da Jinko é o de 66 células, com célula retangular, que pode chegar até 625W de potência e praticamente mantendo as mesmas dimensões dos módulos de 72 células, com célula quadrada.

A companhia tambem prepara o lançamento de módulos da família Tiger NEO Green, que são os módulos produzidos somente com energia renováveis, conforme antecipado pela pv magazine.

Apesar do desaquecomento do mercado de geração centralizada ao longo do ano passado, que será refletido nos embarques nesse ano, a Jinko percebe um interesse crescente e uma demanda por soluções integradas de energia solar e armazenamento no Brasil que pode abrir novas oportunidades no país.

“Entretanto ainda existem algumas barreiras regulatórias que precisam ser transpostas para que o mercado de fato se materialize. Acreditamos que isso deva acontecer em breve”, diz Pereira.

Ele avalia que com o aumento de competitividade há tambem um “aumento notável” em iniciativas para projetos de armazenamento para melhorar a estabilidade da rede, apoiar a integração de energia renovável e fornecer energia de reserva durante quedas de energia ou períodos de demanda máxima.

“A Jinko já tem sistemas de armazenamento instalado e em operação no Brasil para projetos off-grid. São projetos integrados para complementar as instalações solares, oferecendo benefícios como otimização de energia, deslocamento de carga e serviços de suporte à rede”, diz o executivo.

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