Brasol espera dobrar capacidade de geração solar distribuída em 2024

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Mirando atender o segmento de consumidores de grande volume e baixa tensão, incluindo redes varejistas, como farmácias, e operadores de telecomunicações, a Brasol, que acumula 200 MW de energia solar distribuída em fases de operação e construção, em mais de 150 projetos, espera quase dobrar a capacidade instalada no Brasil.

“Um grande foco para nós neste ano é a aquisição de projetos totalmente desenvolvidos ou operacionais”, disse, à pv magazine, o CEO da Brasol, Ty Eldridge. 

O mercado de geração solar distribuída vem se preparando para atender a demanda das usinas de geração distribuída de maior porte, enquadradas na minigeração, com fabricantes, distribuidoras e epecistas dedicando equipes para atender esses projetos. Há uma corrida para atender os projetos que solicitaram a conexão até 07/01 e estão enquadrados nas regras anteriores à Lei 14.300 e que portanto continuarão tendo o benefício do desconto na tarifa de uso da rede (GDI). 

“Todos os nossos projetos de geração distribuída em operação e quase todos em construção se enquadram no GD1. Embora vejamos que os projetos de geração distribuída na nova legislação serão viáveis em geografias selecionadas, o nosso foco hoje é consumir a carteira de ativos GD1 no mercado, construindo e comprando o máximo de ativos possível com parceiros”, detalha o CEO da Brasol.

O executivo destacou que a minigeração é a principal opção para alcançar reduções nos custos de eletricidade para consumidores que não podem migrar para o mercado livre.  “Este tipo de projetos é também o mais atrativo para os investidores financeiros, fazendo com que a maior parte do mercado se concentre nesta classe de ativos”, ele adiciona.

Eldridge comenta que, historicamente, os maiores desafios para a execução desses projetos têm sido o licenciamento da interconexão com as concessionárias. “Embora a Brasol tenha uma rede de EPC e parceiros operacionais de confiança que nos ajudam a continuar a garantir a qualidade e a pontualidade da entrega, estamos vendo novos gargalos no processo devido a fatores exógenos, incluindo a disponibilidade de equipamentos de conexão de média tensão e a capacidade das concessionárias de responder aos pedidos de interconexão de projetos solares”, ele adiciona.

A Brasol, que financia projetos com capital próprio, no modelo de oferta de energia como um serviço, recebeu, no final de 2023, BlackRock como novo acionista. “Continuamos também otimistas quanto à queda das taxas de juro, o que abriria possibilidades para uma estrutura de capital mais diversificada, incluindo instrumentos de dívida e de rendimento fixo para financiar ativos operacionais”, comentou o executivo.

O grupo Brasol inclui uma empresa de asset management totalmente internalizada que supervisiona a gestão física, financeira e comercial dos ativos, incluindo a gestão de créditos de energia. “Vemos no mercado um número crescente de empresas de software inovadoras que fornecem soluções para partes específicas da operação de gestão de ativos e buscamos constantemente parcerias com inovadores que criem valor adicional para nossos clientes”, diz Eldridge.

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