Absolar reuniu-se com ministro de Minas e Energia para debater transição energética

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Lideranças da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) reuniram-se com o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, na segunda-feira (17/4) para falar sobre o protagonismo que a fonte solar deve ter na transição energética proposta pelo governo federal, tanto no desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde (H2V), quanto no suprimento elétrico de áreas isoladas na região amazônica e em iniciativas que ampliem o acesso à tecnologia fotovoltaica pela população de baixa renda.

Entre os destaques da reunião, estão as oportunidades em novas tecnologias, como o H2V para a produção de fertilizantes e produtos sustentáveis, bem como a incorporação da energia solar em programas sociais do Governo Federal, como o Programa Minha Casa Minha Vida e o Programa Luz para Todos.

Também foram pontos da conversa as estratégias para intensificar a transição energética e a descarbonização da Amazônia e do Brasil, utilizando sistemas fotovoltaicos com baterias, para levar eletricidade às regiões remotas do país, e incorporando energia solar nos prédios públicos, para reduzir a conta de luz da administração federal, dos estados e dos municípios.

Outro tema abordado no encontro foi o potencial social, econômico e ambiental das grandes usinas solares, a chamada geração centralizada solar fotovoltaica.

Segundo projeções da Absolar, os empreendimentos solares de grande porte podem trazer mais de R$ 90 bilhões em novos investimentos e gerar mais de 570 mil novos empregos no Brasil até 2026. Também serão peça chave para a produção de hidrogênio verde (H2V) no país, por serem a opção renovável mais competitiva disponível no Brasil.

No caso da geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos, o potencial é de R$ 86,2 bilhões em benefícios sistêmicos no setor elétrico para a sociedade brasileira até 2031. Isso poderia baratear a conta de energia de todos os consumidores, inclusive os que não tiverem sistema solar próprio, em pelo menos 5,6% no período, calcula a associação.

Na visão do presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, o fortalecimento de políticas públicas que promovam a transição energética na Amazônia e no Brasil contribuirão para posicionar o país como uma liderança relevante no combate às mudanças climáticas e na oferta de produtos e serviços sustentáveis para outros países, fortalecendo a atração de novos investimentos internacionais e a geração de empregos de qualidade para brasileiras e brasileiros.

“A reunião com o Ministro Alexandre Silveira foi muito produtiva e motivadora, pois identificamos várias oportunidades de sinergia e espaços de trabalho colaborativo e construtivo. Passamos a mensagem de que o setor solar está preparado para contribuir, de forma decisiva, com a redução das emissões de gases de efeito estufa nas matrizes elétrica e energética do Brasil. Pudemos contar, ainda, com a participação competente e agregadora do Deputado Estadual Gil Pereira, liderança reconhecida do setor solar mineiro e nacional, autor de importantes políticas públicas para fontes renováveis que fizeram a diferença para Minas Gerais”, conclui Sauaia.

Segundo o Deputado Estadual Gil Pereira (MG), um dos articuladores do encontro, a transição energética é crucial para acelerar o desenvolvimento sustentável e a descarbonização das atividades produtivas e da economia nacional. “O estabelecimento de políticas públicas para fontes renováveis e novas tecnologias está alinhado às estratégias dos principais países do mundo e, ao mesmo tempo, está em sintonia com os anseios e expectativas da sociedade brasileira”, aponta o parlamentar.

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