A Aggreko, líder global em soluções de energia, marcou presença na edição de 2024 do Welcome Energia, que ocorreu no último dia 28 de fevereiro em Brasília, reunindo os principais líderes, autoridades públicas, especialistas e executivos do setor energético. O evento foi dedicado ao debate sobre a expansão da geração elétrica, avanços rumo da transição energética e marco regulatório, marcando o início da agenda setorial no Brasil.
A relevância do Brasil na transição energética global é inegável. O país se destaca como o sexto maior investidor do mundo e líder na América Latina, com investimentos de aproximadamente US$34,8 bilhões em 2023, segundo a BloombergNEF. Essa verba impulsiona o desenvolvimento de energias renováveis, veículos elétricos, hidrogênio, captura de carbono e outras soluções inovadoras.
Cristiano Saito, líder de desenvolvimento de negócios, projetos complexos e transição energética da Aggreko, enriqueceu o debate “Perspectivas Econômicas de 2024 para a Matriz Energética” e ressaltou a importância das usinas térmicas no atendimento de potência, fundamental para garantir a estabilidade do sistema elétrico em momentos de saída dos renováveis – fenômeno conhecido como Curva de Pato; e para os sistemas isolados, nestes podendo ser associados a plantas fotovoltaicas e sistemas de armazenamento de energia. Enfatizou, ainda, a importância de incentivos para reduzir as emissões de carbono e aprimorar a confiabilidade e segurança energética do país.
Saito ressaltou que os próximos anos serão decisivos para iniciar a transição de combustíveis fósseis para fontes de baixo carbono, enfrentando o desafio da mudança climática com custos aceitáveis e impactos mínimos na população. Nesse contexto, a hibridização, que combina diferentes fontes de energia, emerge como uma solução promissora para os desafios dos sistemas isolados brasileiros. Além disso, mencionou o potencial transformador do armazenamento de baterias para a integração de fontes renováveis intermitentes, como a solar e a eólica, na matriz energética brasileira. As baterias permitem armazenar o excedente de energia gerada durante períodos de alta produção e fornecê-la quando a demanda é maior, garantindo a confiabilidade e segurança do sistema elétrico.
“No Brasil, temos uma das energias elétricas mais limpas do mundo, de base hidrelétrica, mas com crescente participação da geração eólica e solar. Ao integrar as baterias e usinas solares renováveis à usinas dos sistemas isolados, podemos otimizar a penetração de renováveis, reduzir custos e mantendo a segurança energética nestas localidades, não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) do país”, disse Saito.
O executivo também falou sobre os leilões de reserva de capacidade, que forma um pilar fundamental para a transição energética brasileira. Este modelo de contratação permite a entrada de usinas flexíveis – sejam termelétricas, repotenciação de hidroelétricas ou renováveis com sistemas de armazenamento associados, de foram a garantir potência no momento que renováveis intermitentes não estejam gerando e capacidade adicional em momentos de estresse do sistema, como em secas, como a vivida em 2021.
Ao abordar a necessidade de dinamizar a relação entre os setores público e privado, Saito destacou a contribuição significativa da Aggreko como investidora no regime de Produção Independente de Energia Elétrica (PIE). A empresa impulsiona investimentos, aumenta a distribuição e reduz o custo da energia elétrica no país por meio deste projeto o PIE. A empresa também esta avaliando a participação como investidora em projetos para o Leilão de Reserva de Capacidade,
Em meio a esse cenário, Saito concluiu que o Brasil, com uma das energias elétricas mais limpas do mundo, está diante de uma oportunidade crucial para liderar o caminho rumo a um futuro mais limpo e resiliente. “Com um potencial ímpar para o desenvolvimento de soluções inovadoras, e recursos abundantes, o Brasil tem a oportunidade de se tornar um líder global na produção de energia limpa, mas precisamos garantir que o fornecimento de energia seja confiável e com custos competitivos, criando assim um futuro energético que pode servir de exemplo para todo o mundo”.