A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) anunciou na terça-feira (29/10) a primeira plataforma brasileira para centralizar a certificação de energia renovável. Segundo a Câmara, o serviço centralizará dados de empresas e entidades certificadoras do país e, a partir das informações coletadas, conseguirá rastear a origem da energia utilizada.
Um os objetivos da iniciativa é garantir a dupla certificação da mesma energia por meio da tecnologia do blockchain que para amplia a confiabilidade dos ativos emitidos, a fim de contribuir com a atração de investimentos na descarbonização.
O serviço não fará concorrência às plataformas que já emitem os certificados de acordo com padrões internacionais, os RECs. Ou sejam, esses certificadores serão os clientes da plataforma da CCEE, que vai garantir, que cada certificado seja único e lastreado.
A estimativa da entidade é que aproximadamente 93% da eletricidade produzida no país é deriva de fontes renováveis, como usinas eólicas, solares, hidrelétricas e de biomassa. Em 2021, menos de 2% dessa energia renovável era certificada. Esse percentual aumentou para 4% em 2022 e chegou a 6,9% em 2023. Segundo projeções, esse número pode atingir até 50%.
“Vamos contribuir com a atração de investidores, ampliação dos negócios e geração de empregos, além de potencializar a inserção, no mercado internacional, dos produtos verdes brasileiros”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos.
O Secretário Nacional de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Gentil Sá, ressaltou o comprometimento e as ações do governo brasileiro voltadas à transição energética. Segundo ele, são iniciativas que vão garantir a posição do país na vanguarda da nova economia mundial: a economia verde.
“E com todas as iniciativas realizadas pelo Governo Federal a favor das energias renováveis, uma certificação robusta é primordial. É a confiança que o setor energético precisa. Vamos centralizar dados e possibilitar o rastreamento da origem da energia utilizada como lastro para a emissão de certificados. A certificação é uma etapa fundamental para essa valoração. Isso agrega muita credibilidade internacional para a indústria verde do Brasil”, afirmou Gentil.
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