Com o acionamento da bandeira vermelha na conta de luz, que eleva o preço da energia elétrica em todo o Brasil, consumidores que possuem energia solar em casa ou planejam instalar estão vendo uma vantagem financeira ainda maior. O tempo para que o sistema de energia solar “se pague” caiu 5% no Brasil, sendo que em alguns estados a redução chega a 9%, o equivalente a três meses de economia extra, é o que mostra um novo estudo da Solfácil, ecossistema de soluções em energia.
Com a energia mais cara, quem investe em energia solar passa a economizar ainda mais na conta de luz, o que acelera o momento em que a economia gerada compensa o valor investido no sistema, reduzindo o tempo para que se recupere o valor gasto, o chamado “retorno do investimento”, que varia de acordo com o consumo de energia da residência e as tarifas praticadas no estado.
Os estados de Roraima, Paraíba e Acre lideram o ranking com as maiores reduções. Antes da bandeira vermelha, um consumidor que instalava energia solar na bandeira verde levava cerca de 3 anos para recuperar o valor investido. Com a tarifa mais alta, esse tempo caiu para 2,75 anos — uma economia de 3 meses. Em outros estados, como São Paulo, Goiás e Bahia, a redução foi de 2 meses.
Os dados utilizados para a pesquisa foram extraídos de informações públicas de cada concessionária, enquanto o cálculo do retorno do investimento se baseou no estudo “Radar da Solfácil”, que mede o preço da energia solar no Brasil. Para essa análise, foi considerada uma fatura de energia no valor de R$ 300,00, além do preço do kWh da concessionária de energia com maior número de unidades consumidoras de cada estado, conforme dados extraídos da ANEEL e das próprias concessionárias.
“A energia solar é o caminho mais eficiente para escapar da volatilidade das tarifas elétricas e garantir previsibilidade nos custos de energia. O consumidor que investe hoje está protegido contra essas oscilações e pode gerar sua própria energia por pelo menos 25 anos, com uma economia significativa,” explica o fundador e CEO da Solfácil, Fabio Carrara.
Estados com redução no tempo de retorno
Os dados do estudo mostram que essa redução no tempo de retorno do investimento varia em cada estado, mas é sentida de maneira significativa em todos os casos em que houve aumento das tarifas. Veja o ranking abaixo:
1º- Paraíba (PB)
- Tempo de Retorno – Bandeira Verde: 2,75 anos
- Tempo de Retorno – Bandeira Vermelha: 2,50 anos
- % de Redução no Tempo de Retorno: 9%
- Anos antecipados: 0,25 anos (3 meses)
2º- Roraima (RR)
- Tempo de Retorno – Bandeira Verde: 2,92 anos
- Tempo de Retorno – Bandeira Vermelha: 2,67 anos
- % de Redução no Tempo de Retorno: 9%
- Anos antecipados: 0,25 anos (3 meses)
3º- Acre (AC), Bahia (BA), Mato Grosso (MT), Maranhão (MA)
- Tempo de Retorno – Bandeira Verde: 2,17 a 3,00 anos
- Tempo de Retorno – Bandeira Vermelha: 2,00 a 2,75 anos
- % de Redução no Tempo de Retorno: 8%
- Anos antecipados: 0,17 anos (2 meses)
4º- Ceará (CE), Mato Grosso do Sul (MS), Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Pernambuco (PE)
- Tempo de Retorno – Bandeira Verde: 2,33 a 2,58 anos
- Tempo de Retorno – Bandeira Vermelha: 2,17 a 2,75 anos
- % de Redução no Tempo de Retorno: 7%
- Anos antecipados: 0,17 anos (2 meses)
5º- Alagoas (AL), Distrito Federal (DF), São Paulo (SP), Sergipe (SE)
- Tempo de Retorno – Bandeira Verde: 1,92 a 3,25 anos
- Tempo de Retorno – Bandeira Vermelha: 1,83 a 3,08 anos
- % de Redução no Tempo de Retorno: 4% a 6%
- Anos antecipados: 0,08 a 0,17 anos (1 a 2 meses)
6º- Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Norte (RN)
- Tempo de Retorno – Bandeira Verde: 2,17 a 2,25 anos
- Tempo de Retorno – Bandeira Vermelha: 2,25 anos
- % de Redução no Tempo de Retorno: 0%
- Anos antecipados: –
Com o cenário de crise hídrica, a bandeira vermelha deve permanecer por mais alguns meses, o que significa que os brasileiros podem continuar a enfrentar contas de luz mais altas. No entanto, o crescimento da energia solar fotovoltaica oferece uma solução de longo prazo.
“Com financiamentos cada vez mais facilitados e incentivos governamentais, a energia solar caminha para se tornar uma das principais soluções para a crise energética no Brasil. Para aqueles que já instalaram o sistema, os próximos meses representam uma economia expressiva, e para quem ainda não investiu, o cenário aponta que essa pode ser a melhor hora”, pontua o executivo.
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