Voolta projeta crescimento de 110% em 2024 com expansão da mobilidade elétrica

Expansão da mobilidade elétrica fomenta faturamento de R$ 5 milhões da Voolta em 2024

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A integradora mineira SolarVolt tem explorado as oportunidades além de sistemas de GD em telhados com novas áreas de negócios. Em julho do ano passado, anunciou a spin off com foco em mobilidade elétrica, a Voolta, que oferece solução para carregadores veiculares, com boa disponibilidade e segurança, além de explorar a complementaridade da energia solar com a eletromobilidade. Para este ano, a empresa pretende dobrar o número de carregadores veiculares comercializados, saltando de 40 em 2023 para 84 em 2024, o que representa um crescimento de 110% e um faturamento de R$ 5 milhões.

De acordo com o diretor comercial da SolarVolt, Gabriel Guimarães, a estratégia da Voolta é estar posicionada no mercado como um provedor de soluções em eletromobilidade, fornecendo projetos de full turn key para estações de carregamento rápido, com carregadores de corrente alternada (AC) – conhecidas como lentas e normalmente utilizados em residências – além da infraestrutura.

“Já nas estações de carregamento rápido utilizamos carregadores de corrente contínua (DC), e oferecemos ainda a parte de subestação e conexão à rede. Essa estratégia vem se mostrando assertiva, uma vez que projetamos um faturamento de R$ 5 milhões com a instalação de 84 novas estações, sendo 77 de carregadores”, explica.

Mercado potencial para os carregadores

Em média os carregadores AC, de carga mais lenta, custam em torno de R$ 10.000, incluindo a instalação, enquanto o carregador rápido DC instalado fica em torno de R$ 120 mil reais. Os potenciais clientes da Voolta para os carregadores de carga rápida são empesas de logística que precisam carregar um caminhão, concessionárias de veículos que oferecem esse serviço como adicional à venda de elétricos e as redes de eletropostos.

A Voolta vem negociando com um cliente a instalação de um projeto de 1,4 MW com energia solar e cobertura de estacionamento e 10 pontos de carregamento próximo ao aeroporto de Confins, em Minas Gerais.

“As estações de carregamento residenciais ainda são nossa maior demanda, já que os consumidores que já possuem um sistema solar enxergam uma oportunidade de adquirir um carro elétrico e uma estação de recarga com carregadores AC. Nestes casos, normalmente é preciso redimensionar o sistema fotovoltaico para atender o consumo adicional do carregamento”, disse Guimarães à pv magazine.

Integração de carregadores com sistema solar

Em relação a possibilidade de integração de estações de recarga para VEs “abastecidos por energia solar”, normalmente realizados pela energia captada pelos módulos solares nos carports – ainda mais comuns no exterior – Gabriel explica que “hoje as usinas que já estão conectadas em GD I, é possível fazer a compensação remota dos créditos, ou seja, abastecendo o veículo elétrico ou híbrido com energia solar de forma virtual, mas a usina em si não está no próprio site. Um entrave para a instalação de mais sistemas fotovoltaicos nos eletropostos é a questão da inversão de fluxo dos novos pedidos de ligação junto às distribuidoras de energia”, esclarece Guimarães.

Uma instalação recente realizada pela Voolta é um exemplo da complementaridade da energia solar com os carregadores veiculares.

Após observar o bom resultado do sistema solar residencial, um cliente que já contava com um sistema fotovoltaico de 500 kWh/mês para o consumo comum em iluminação, ar-condicionado, sistema de irrigação, televisão, entre outros, decidiu pela aquisição de um veículo híbrido. Com uma bateria de 34 kWh, o veículo demandaria aproximadamente 10 recargas por mês para uma autonomia aproximada de 1.300 km. Portanto, junto à aquisição do veículo, o cliente também definiu a ampliação do seu sistema fotovoltaico com a adição de mais sete módulos fotovoltaicos para suprir o consumo total do veículo.

A solução escolhida foi um carregador monofásico Wallbox de 220 V da WEG, com disjuntor de 32 A e potência de carregamento de 7,4 kW. O investimento na compra do equipamento, mais o serviço de instalação, além de todos seguros e ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

O valor total da ampliação do sistema fotovoltaico foi de R$ 15 mil e a instalação do sistema de carregamento ficou em aproximadamente R$ 10 mil, totalizando R$ 25 mil para toda a solução. Utilizando o cálculo no qual o cliente roda 1.000 km mês e gastava R$ 675,00 com combustível, sem considerar possíveis aumentos nas bombas e no valor da energia, o retorno do investimento seria em aproximadamente três anos.

Já a instalação de carregadores veiculares em condomínios, ainda é um pouco mais complexa, informa o diretor da SolarVolt. Embora novos empreendimentos estejam se adequando a demanda da mobilidade elétrica e com sistemas fotovoltaicos para atendar as cargas das áreas comuns dos condomínios, os empreendimentos residenciais mais antigos, normalmente demandam um upgrade da infraestrutura elétrica para conseguir viabilizar essa solução.

“Nesses casos, também é necessário realizar a medição de consumo individual de cada carregador com envio da cobrança para o morador. Esperamos que em breve, muitos empreendimentos contem com a estrutura necessária não só para a instalação de sistemas fotovoltaicos, como também para infraestrutura voltada para carregamento dos VEs a fim de atender as demandas da nova onda da eletromobilidade”, diz Guimarães.

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