O consumo nacional de eletricidade cresceu 4% em junho

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A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou na segunda-feira (31/07), a Resenha do Mercado de Energia Elétrica, publicação mensal  que apresenta as consolidações do mercado de consumo de energia elétrica por classe e regiões, com destaque para as principais características do mercado de eletricidade em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com a EPE e o IBGE o consumo nacional de eletricidade cresceu 4% em junho, na comparação interanual. No acumulado em 12 meses o consumo nacional registrou 516.079 GWh. Os dados reforçam o comportamento já consolidado no mercado de energia, cujo consumo segue liderado pelos segmentos, respectivamente, doméstico (7,4%), comercial (6,3%) e industrial (1,5%).

A energia elétrica consumida pelas residências foi de 12.796 GWh em junho, e o fenômeno climático El Niño influenciou essa alta, com o clima mais quente e seco, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, oconsumo de eletricidade das unidades domésticas cresceu em todas as regiões do país. Maior destaque para região Norte (16,0%), seguida da Nordeste (9,8%), Sudeste (6,5%), Centro-Oeste (6,4%) e Sul (3,5%).

Contribuíram para esse aumento o programa de redução de perdas de distribuidoras, que gera aumento da base consumidora; a melhora na qualidade dos serviços de distribuição, com duração e frequência das interrupções de  fornecimento menores; tarifas mais baixas de energia elétrica; aumento do rendimento médio dos trabalhadores e aumento nas vendas de eletrodomésticos.

Já no segmento industrial, a expansão do consumo de eletricidade no mês, em comparação com igual período do ano de 2022, foi de 15.594 GWh. Houve aumento de consumo 20 dos 37 setores monitorados. Entre os principais, estão: a extração de minerais metálicos (com mais 117 GWh; crescimento 10,8%), metalurgia (109 GWh; 2,9%) e produção alimentar (107 GWh; 5,5%).

A classe comercial, que registrou crescimento de 6,3% no consumo de energia em comparação ao mês de junho de 2022, alcançou  7.607 GWh. Aumento significativo em relação ao mês de maio de 2023 segundo os últimos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), que trouxe índices de alta de 4,7% para o setor na comparação interanual. Os principais marcadores desse aumento no consumo energético do segmento comercial foram os serviços de transportes, informação, comunicação, profissionais, administrativos e os prestados às famílias.

Com exceção do Centro-Oeste, onde houve queda de 0,6%, todas as outras regiões apresentaram crescimento do consumo de energia elétrica em junho no segmento comercial: Norte (11,3%), Sul (7,1%), Sudeste (6,8%) e Nordeste (5,9%).

Entre os estados, os maiores aumentos ocorreram no Amazonas (19,9%), Rondônia (12,3%), Amapá (12,0%), Maranhão (11,3%), Roraima (11,2%), Alagoas (11,1%), Santa Catarina (10,9%), Espírito Santo (9,9%) e São Paulo (9,3%). As únicas quedas de consumo comercial foram anotadas no Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (0,9%).

Em relação ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou crescimento de 5,4% no consumo do mês, enquanto o das distribuidoras teve crescimento de 3%.

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