Plano Safra reforça transição energética com estímulo à energia solar no país

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A nova edição do Plano Safra 2023-2024, divulgado recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que prevê um montante de R$ 364 bilhões para investimentos em projetos no agronegócio, cerca de 27% a mais do que no ano anterior, traz importantes atualizações em suas linhas para a sustentabilidade na produção agropecuária, à medida em que amplia os recursos e opções de financiamento para produtores rurais que buscam investir em energia solar.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte fotovoltaica é estratégica ao agronegócio, pois traz inúmeros benefícios e ganhos de competitividade aos produtores rurais. Com a atualização, linhas de crédito para geração própria de energia solar disponíveis para produtores rurais de todos os portes e em todas as regiões do Brasil”, diz o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.

Dos recursos disponibilizados no Plano Safra 20232024R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos (aumento de 28%).

Um dos destaques desta edição é atualização de linhas de crédito, como o RenovAgro, novo nome do Programa ABC. Com ele, é possível financiar a recuperação de áreas degradadas, a adoção de práticas conservacionistas, o manejo e proteção de recursos naturais. Também podem ser financiados sistemas para geração de energia renovável e outras práticas que envolvem produção sustentável que reduzam a emissão de gases causadores do efeito estufa.

“A sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é imensa, com diversas aplicações na produção rural. A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades”, explica Koloszuk.

Além do RenovAgro, outros programas financiam práticas sustentáveis de produção, como o Inovagro, o Proirriga, o Moderfrota e o Moderagro que também têm em sua concepção o incentivo à produção agropecuária de baixa emissão de carbono.

O fortalecimento dos médios produtores rurais também é destaque no Plano Safra deste ano, com maior disponibilidade de recursos para custeio e para investimento.

Além disso, o limite de renda bruta anual para o enquadramento no Pronamp passa de R$ 2,4 milhões para R$ 3 milhões. A mudança leva em consideração a elevação dos preços dos produtos agrícolas.

Para o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, a tecnologia fotovoltaica reduz os custos com eletricidade, aumenta a segurança elétrica, protege o consumidor contra os aumentos das tarifas de eletricidade e aumenta a oferta de energia elétrica na propriedade rural. “Desta forma, torna a produção no campo mais limpa e sustentável e agrega valor à marca do produtor rural. Tudo isso se reflete na oferta de um alimento mais barato na mesa dos brasileiros”, comenta.

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