Aldo Solar projeta aumento da participação de módulos TOPCon nas vendas em 2023

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A Aldo Solar projeta um aumento da participação dos módulos TOPCon para o mercado brasileiro em 2023. De acordo com o gerente Comercial da distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, Elberson Nakanishi, no ano passado, os módulos p-type ainda tiveram uma maior participação nas vendas da Aldo mas para esse ano, a expectativa é que o volume de vendas fique em 50/50.

“O n-type TOPCon – um produto chave, que veio para ficar, assim como o mercado saiu do policristalino para o monocristalino. Temos a obrigação de divulgar a e disponibilizar a tecnologia para os integradores”, diz Nakanishi.

Para ele, a tecnologia tem vocação para atender também o mercado de geração distribuída, já que pode ser uma solução para clientes com restrição de espaço, por ser mais eficiente. “Como tudo, tem que fazer a conta. O espaço disponível, quanta energia será gerada. Mas o fato é que entrega mais energia. O preço das duas tecnologias quando se pensa em produção final da energia, é muito próximo”, diz Nakanishi.

A companhia já oferta desde o ano passado módulos TOPCon da Jinko Solar – que representaram 60% das vendas da companhia no Brasil em 2022. Agora, está em vias de embarcar a primeira leva de módulos com a tecnologia n-type TOPCon da JA Solar.

Intersolar Summit Nordeste: carregadores elétricos e inversores trifásicos

O gerente Comercial da Aldo Solar falou à pv magazine no estande da companhia na Intersolar Summit Nordeste, em sua segunda edição. “Estamos vendo um bom fluxo de pessoas, a feira está maior em tamanho e em público, com uma maior concentração de pessoas. Estamos animados com o público local, Nordestino. Acho que isso demonstra mais interessados no mercado solar, embora muitos já estejam atuando no setor. A região Nordeste tem os maiores índices de irradiação e as maiores usinas estão localizadas aqui”, comenta.

Para a feira, a empresa trouxe como destaques os inversores trifásicos, uma tecnologia que pode passar a ser cobrada pelas distribuidoras. “A Enel Ceará tem cobrado isso dos integradores, cobrando que a geração injetada passe por todas as fases”, exemplifica.

Também foram expostos carregadores veiculares rápidos, em corrente contínua, e os de carga lenta. “Vemos que mais fabricantes e montadoras estão se voltando para os veículos elétricos e queremos atender esse mercado”, diz Nakanishi.

Para ele, o carregamento rápido pode ser oferecido como um diferencial em diversos pontos comerciais, como shopping centers, condomínios, estacionamentos etc.

“É como uma distribuição [assim como na energia distribuída] também do posto de combustível. O consumidor não precisa mais ir no posto para reabastecer, pode fazer na prórpia casa, com a energia que ele próprio gerou”, comenta. Os carregadores no catálogo da Aldo são da Growatt.

Abordagem comercial positiva

Para Nakanishi, as mudanças trazidas pela Lei 14.300 e posterior regulamentação não devem fazer parte das abordagens dos integradores com possíveis novos clientes.

“Há muita desinformação no mercado, e para vender, tem que conhecer. Antes era mais fácil, agora nem tanto. Mas o que temos recomendado é ir pelo argumento financeiro e ecológico. O integrador tem que saber sobre a taxação. Mas a abordagem ao cliente tem que começar pela economia financeira e pela sustentabilidade. Não precisa chegar já falando sobre a Lei 14.300. Quem conhece a geração distribuída sabe que não é verdade que a cobrança do fio b (remuneração pelo uso da rede das distribuidoras) vai tornar inviável”, diz.

Para contribuir para a qualificação de integradores, que independentemente da abordagem, têm que estar preparados para as mudanças e saber explicá-las caso sejam perguntados, a Aldo vem realizando uma série de lives e webinares, deixando tudo gravado e disponível para a consulta posterior.

O gerente da Aldo reconhece que houve um soluço nos primeiros meses do ano no volume de negócios fechados. Mas defende que o arrefecimento não é exclusivo do setor solar. “Mas é algo que não afeta só o setor fotovoltaico e nem é só reflexo da Lei 14.300. O setor automobilístico, de construção civil, todos tiveram uma retração nesses primeiros meses do ano”, comenta Nakanishi.

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