Furnas estuda a otimização de hidrelétricas com implantação de usinas solares

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A Eletrobras Furnas está estudando a otimização de uso de áreas remanescentes de seus empreendimentos para implantação de outras fontes de geração de energia elétrica. De acordo com informações da empresa enviadas por meio da assessoria de imprensa, a fonte solar fotovoltaica foi a que melhor se adaptou à Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho, que dispõe de “grandes áreas disponíveis, com bons níveis de irradiação, conexão e infraestrutura disponível”. A evolução dos estudos determinará a potência instalada do empreendimento, que solicitou recentemente a licença prévia ao Ibama.

Uma das vantagens da escolha do local para estudo é a possibilidade de compartilhamento da infraestrutura de conexão com a hidrelétrica. A lei Nº 14.182, de 12 de julho de 2021, que determina a capitalização da Eletrobras, determinou o estudo do aproveitamento ótimo das usinas hidrelétricas em regime de cotas. “Este estudo engloba a hibridização das usinas hidrelétricas, onde está inserida a possível implantação de aproveitamentos fotovoltaicos”, disse a assessoria de Furnas.

A companhia também está estudando a implantação de uma usina fotovoltaica flutuante junto a UHE Batalha, localizada entre Cristalina (GO) e Paracatu (MG). A usina terá 30 MW.

Furnas também está construindo um sistema de geração de energia solar fotovoltaica com a instalação de painéis no entorno e no reservatório da usina hidrelétrica de Itumbiara (MG/GO), com o armazenamento dessa energia em baterias. O projeto de P&D “Desenvolvimento de Sinergia entre as fontes hidrelétrica e solar com armazenamento de energias sazonais e intermitentes em sistemas de hidrogênio e eletroquímico – SHSBH2” é resultado de uma parceria da subsidiária da Eletrobras com a empresa Base-Energia Sustentável, associada à Unesp, à Unicamp, ao Senai, à Universidade de Bradenburgo, instituição acadêmica com experiência no armazenamento de hidrogênio, e à PV Solar, empresa especializada na implantação de usinas fotovoltaicas flutuantes. O investimento previsto é de cerca de R$ 44,6 milhões.

A energia solar gerada na UHE Itumbiara totalizará 1.000 kWp, dos quais 200 kWp serão provenientes das placas localizadas no reservatório da usina que serão interligados aos 800 kWp das demais placas instaladas em solo. A produção não será comercializada, se destinará ao sistema de serviços auxiliares da unidade, como iluminação, tomadas, ventilação, etc. A transmissão dessa energia sairá da planta para o barramento de 138 kV da subestação de 500 kV por meio das redes aérea e subterrânea.

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