Universidade em SC apresenta resultados da operação de duas usinas fotovoltaicas

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A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), localizada em Santa Catarina, instalou duas usinas fotovoltaicas em março e abril de 2022. A instituição disponibilizou os dados do investimento, geração de energia e ganhos econômicos no seu website, permitindo fazer uma análise do desempenho da aquisição.

Uma das usinas foi instalada no Campus Chapecó, com 1.096 módulos solares com capacidade 405 Wp cada, totalizando uma potência instalada de 443,88 kWp. O custo do investimento foi de R$ 2.075.244,35. De abril a dezembro, a usina produziu em média 52.127,77 kWh de eletricidade por mês.

A outra usina foi instalada no Campus Erechim, contando com 1.003 módulos com 405 Wp totalizando 406,215 kWp. O investimento foi de R$ 1.707.775,61. De março a dezembro, a usina produziu em média 46.073 kWh por mês.

De acordo com a UFFS, a instituição já economizou aproximadamente R$ 400 mil em custos com energia elétrica. No Campus Erechim, a média mensal de economia é de cerca de R$ 19 mil. Já no Campus Chapecó a média mensal de economia chega a R$ 23 mil.

Ambas as usinas têm gerado mais energia do que consomem durante estes períodos e consequentemente beneficiado de créditos de energia pela eletricidade que injetam na rede elétrica. “Em uma análise periódica, a unidade Chapecó produziu 117.976kWh além do que consumiu nos meses de abril a dezembro de 2022. A unidade Erechim registrou um excedente de 234.861 kWh no período de março a dezembro”, a UFFS escreve no seu website.

Nos meses de novembro e dezembro, que registaram maior incidência solar do que o resto do ano, a produção de energia na usina instalada no Campus Erechim superou a projeção de consumo, injetando 22.943 kWh na rede. “Para se ter uma ideia da relevância desse quantitativo, a média de consumo do campus é de 20.292 kWh/mês, ou seja, quase o mesmo volume do excedente incorporado na rede. Esse valor é convertido em créditos para utilização futura, ou seja, quando a usina produzir menos que o estimado para o consumo”, explica a UFFS.

“É importante termos ciência que a conta de energia em si não zera quando a produção supera o consumo, pois, no caso de consumidores tarifários tipo A, como é o caso da UFFS (estabelecimentos de grande porte), existem outros componentes a serem pagos, para além do consumo energético em si, mas diminui consideravelmente”, o engenheiro eletricista da UFFS Matheus Todescatt observou.

“Esse foi só o primeiro ano de operação e os valores concretos apresentados sinalizam um horizonte promissor e que fortalece não somente o aspecto econômico como, também, o ambiente acadêmico com a geração distribuída a partir de uma fonte renovável e inesgotável que é o sol”, concluiu o professor Marcelo Esposito, do Campus Erechim.

De acordo com uma nova base de dados, o estado de Santa Catarina tem o potencial de gerar 2,93 GW de energia solar.

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