Sistemas de geração distribuída solar injetam pouco mais de 50% do que geram na rede

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Em 2021, sistemas de geração solar distribuída geraram 9.019 GWh de energia elétrica, mas injetaram apenas 4.787 GWh nas redes das distribuidoras, de acordo com estimativa da EPE. Isso significa que 4.232 GWh, ou 47%, foram consumidos no momento da geração, sem precisar usar a infraestrutura de distribuição. Ao final de 2021, esses sistemas representavam apenas 2,9% do consumo no mercado regulado brasileiro.

Nos anos anteriores a proporção de energia injetada na rede foi semelhante. Em 2020, do total de 4.722 GWh gerados por micro e miniusinas fotovoltaicas, 48% foi consumido no local, ou 2.251 GWh, enquanto 52%, ou 2.471 GWh, foram injetados na rede das distribuidoras.

Em 2019, foram gerados 1.664 GWh, dos quais 876 GWh foram injetados na rede e 788 GWh foram consumidos no local.

A simultaneidade entre geração e consumo é uma das chaves para manter a GD solar competitiva, já que apenas a energia injetada na rede é passível de cobranças como as instituídas pela Lei 14.300, o marco legal da geração distribuída, que determina por exemplo o pagamento da tarifa de uso do sistema de distribuição para novos entrantes.

Entre as classes consumidoras, os clientes residenciais tem uma simultaneidade menor. Em 2021, dos 3.630 GWh gerados por esses sistemas, 2.313 GWh foram injetados na rede. Já entre os consumidores comerciais, a proporção de energia consumida no momento da geração é maior: foram injetados 1.551 GWh, de um total 3.277 GWh gerados por essa classe de consumo em 2021, e consumidos no local 1.726 GWh.

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