O mercado livre de energia manteve ritmo acelerado de crescimento ao longo de 2025. Entre janeiro e novembro, 20.586 novos consumidores passaram a atuar nesse ambiente, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A migração reforça a consolidação do modelo, no qual consumidores podem escolher seus fornecedores, negociar contratos e buscar maior eficiência de custos.
Atualmente restrito a consumidores conectados em alta tensão, o mercado livre já se prepara para um novo ciclo de expansão. A Lei nº 15.269, considerada um marco para o setor elétrico, estabelece a abertura gradual do ambiente para consumidores de baixa tensão, com prazos de até 24 meses para indústria e comércio e até 36 meses para residências, ampliando o poder de escolha para toda a sociedade.
Com a entrada dos novos agentes, o mercado livre reúne hoje mais de 82 mil unidades consumidoras entre empresas e estabelecimentos comerciais. Esse conjunto é responsável por cerca de 43% de toda a eletricidade consumida no Brasil — percentual que há dez anos não ultrapassava 20%. O avanço reflete o amadurecimento do ambiente e a crescente demanda por contratos mais flexíveis, competitivos e alinhados às estratégias energéticas dos consumidores.
Serviços e comércio puxam as novas adesões
Em 2025, os setores de Serviços e Comércio lideraram as migrações. As empresas de serviços responderam por 6.478 novas unidades consumidoras no período, enquanto o comércio somou outras 3.945 adesões. Juntos, esses segmentos concentram a maior presença no mercado livre, impulsionados pela diversidade e capilaridade de seus negócios. A CCEE destaca que essa análise não inclui consumidores que passaram a migrar, a partir de julho, por meio do novo modelo de cadastro e gestão via APIs.
Avanço regional amplia capilaridade do mercado
Os dados também mostram uma expansão relevante fora dos principais centros econômicos. O Nordeste recebeu mais de 3.370 novos consumidores entre janeiro e novembro, com destaque para Pernambuco (547 unidades) e para Bahia e Ceará, que juntos somaram 837 novas adesões. No Centro-Oeste, mais de 2.000 consumidores ingressaram no ambiente livre, sendo 788 apenas no Mato Grosso. A região Norte apresentou movimento semelhante, com cerca de 2.000 novas unidades, concentradas principalmente no Pará.
Apesar do crescimento regional, Sudeste e Sul seguem liderando em volume absoluto. As duas regiões responderam, juntas, por mais de 14 mil novos consumidores em 2025, com São Paulo mantendo a dianteira nacional, ao registrar quase 6 mil novas migrações para o mercado livre de energia.
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