Rede D’Or fecha contrato de 57 MWm de autoprodução fotovoltaica

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A Rede D’Or, maior rede de hospitais privados da América Latina, com atuação nacional e um portfólio que inclui hospitais, clínicas oncológicas e serviços de diagnóstico, celebrou o maior contrato de autoprodução de energia da saúde no Brasil, por meio do fornecimento de 57 MW médios de energia solar, suprindo toda a demanda elétrica de suas 79 unidades atuais e futuras por 17 anos.

A geração ocorre no Complexo Solar Fotovoltaico de Lagoinha, no Ceará, e reúne 337 mil painéis solares em uma área de 304 hectares. O investimento de R$ 650 milhões, realizado pela CGN Brasil, também resultou na geração de mil empregos diretos e indiretos.

Mais do que previsibilidade de custos, o modelo garante autonomia e estabilidade no fornecimento. “Investir em energia limpa é mais do que uma iniciativa sustentável: é uma decisão estratégica que une eficiência, segurança operacional e responsabilidade socioambiental”, afirma o vice-presidente executivo da Rede D’Or, Otávio Lazcano.

Além da autoprodução, programas de eficiência em climatização hospitalar resultaram em 17,7 milhões de kWh economizados em dois anos, energia equivalente ao consumo mensal de 108 mil casas. Essa redução evitou 1.042 toneladas de CO₂ e gerou economia de R$ 5,4 milhões.

Além da energia, a Rede D’Or avançou em outra frente crucial: a redução do óxido nitroso (N₂O) nas cirurgias. O gás, usado há décadas como anestésico, tem efeito sobre o clima e permanece mais de cem anos na atmosfera. A decisão de reduzir seu uso partiu dos próprios médicos da Rede, que enxergaram a urgência de agir em sintonia com os alertas globais da COP29 sobre o impacto do N₂O.

Em 2024, um projeto-piloto em dois hospitais de São Paulo (São Luiz Anália Franco e São Luiz Itaim) rapidamente se expandiu para todas as 79 unidades, resultando em queda de 90,2% no consumo. O impacto é comparável a evitar 38,7 milhões de quilômetros rodados por carros a combustão. O projeto ganhou reconhecimento internacional com publicação no “Canadian Journal of Anesthesia” e marcou uma transformação cultural nas equipes clínicas.

O grande aliado desse projeto foi a mensuração robusta, desde 2016, de dados de emissões de gases de efeito estufa junto às unidades hospitalares da Rede D’Or pelo setor corporativo de Sustentabilidade e Meio Ambiente. “Esses dados serviram de parâmetro para mapear as principais fontes de emissão de GEE e estabelecer planos de ação, como o caso do óxido nitroso, o qual foi identificado como principal fonte de Escopo 1 (emissões diretas) da companhia”, explica a gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Rede D’Or, Ingrid Cicca.

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