O Brasil tem 16.880 pontos públicos e semipúblicos de carregamento de veículos elétricos, segundo a última atualização concluída em agosto pela Tupi Mobilidade, em parceria com a ABVE. O destaque são os carregadores rápidos (DC), que cresceram 59% em seis meses. Na comparação com o levantamento anterior, de fevereiro (14.827), houve um crescimento de 14% na rede total de infraestrutura de recarga pública e semipública do país.
Considerando que a frota de veículos elétricos plug-in no Brasil (BEV e PHEV) totalizou 302.225 unidades (de 2022 a agosto de 2025, segundo a ABVE Data), chega-se a uma relação de 18 veículos por eletroposto. Do total de veículos, 44,5% (134.592 veículos) são 100% elétricos (BEV) e dependem totalmente dos carregadores e 55,5% (167.633) são híbridos plug-in (PHEV), com dependência parcial da infraestrutura de recarga, pois também operam com motor a combustão.
Dos 16.880 eletropostos existentes até agosto, 77% (13.025) oferecem carga lenta (AC), enquanto 23% (3.855) são carregadores rápidos (DC). Os números dos últimos seis meses indicam que o crescimento dos carregadores rápidos superou o dos carregadores lentos. “Esse avanço confirma uma tendência esperada: a queda de custos dos equipamentos e a crescente demanda dos usuários por recargas de longa distância levaram os operadores a priorizarem investimentos em DC”, disse Davi Bertoncello, diretor de Comunicação da ABVE e fundador da Tupi Mobilidade. “Em poucos anos, o que era considerado um gargalo passou a ser o vetor de maior expansão”.
Atualmente, 1.499 municípios brasileiros contam com eletropostos públicos e semi-públicos. Na comparação com fevereiro de 2025 (1.363), houve um crescimento de 10% na disponibilidade de infraestrutura.
Evolução do número de municípios com pontos de recarga em cada região:
Região | Fev/25 | Ago/25 | Evolução |
Norte | 47 | 62 | 31,9% |
Nordeste | 326 | 395 | 21,2% |
Sudeste | 506 | 542 | 7,1% |
Sul | 363 | 375 | 3,3% |
Centro-Oeste | 121 | 124 | 2,5% |
Total | 1.363 | 1.499 | 9,9% |
Panorama regional da rede pública e semipública
O crescimento da infraestrutura se distribuiu de maneira desigual pelo território nacional, revelando diferentes estágios de maturidade:
- Norte: +62,2% (de 254 em fevereiro para 412 pontos em, agosto), mostrando forte aceleração em regiões antes pouco atendidas.
- Nordeste: +25,8% (615 novos pontos), reforçando a presença em polos turísticos e logísticos.
- Centro-Oeste: +24,4%, puxado por Goiás e Distrito Federal, estratégicos no eixo Brasília–Goiânia.
- Sudeste: maior rede instalada, com 8.035 pontos (+606), sustentando a liderança nacional.
- Sul: +10,2% (352 novos pontos), crescimento mais moderado, porém consistente.
Os números evidenciam uma dinâmica de crescimento que combina expansão territorial e fortalecimento da rede existente. Segundo Davi Bertoncello, “o crescimento de 59% nos carregadores rápidos em seis meses mostra que o mercado já escolheu acelerar. Hoje, um operador de rede faz dez vezes mais com o mesmo investimento de cinco anos atrás”. “O desafio agora está nos carregadores lentos (AC), travados pela instabilidade regulatória e pela longa espera da nova norma da Ligabom (Conselho Nacional dos Comandantes de Bombeiros) sobre segurança nas operações de recarga em edifícios residenciais e comerciais”, concluiu.
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