Com o objetivo de dar mais eficiência e escala às migrações para o mercado livre de energia, a partir de 1º de julho a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) implementará um novo modelo de cadastro e gerenciamento de consumidores por meio de APIs (Application Programming Interfaces). A iniciativa visa simplificar o acesso ao ambiente no qual os consumidores podem escolher seu fornecedor, buscando um atendimento mais personalizado e, potencialmente, mais econômico.
A mudança, idealizada pela CCEE e proposta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que determinou sua obrigatoriedade por meio da Resolução Normativa nº 1.110/2024, estabelece uma forma mais rápida, confiável e fácil na troca de informações entre a própria Câmara e as comercializadoras varejistas, substituindo interações manuais e reduzindo possibilidade de erros e custos operacionais. Pelo novo sistema será possível migrar o consumidor, acompanhar em tempo real dados de medição de consumo, editar cadastros, desligar varejistas, suspender fornecimento, retornar o cliente para o mercado regulado e trocar o representante do consumidor na CCEE, se necessário.
“Além de automatizar a comunicação com os nossos associados e fortalecer a eficiência operacional, o novo modelo traz mais transparência e segurança aos processos, representando um avanço importante para o consumidor e mais um salto rumo à preparação para a abertura integral do mercado livre”, destaca Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE. “O mercado livre está em constante expansão, com média de 2.300 mil novos consumidores por mês neste ano”, completa o executivo.
A CCEE está investindo R$60 milhões na sua infraestrutura computacional, direcionando recursos para tecnologia, segurança cibernética e engenharia de software para se preparar para os avanços no setor.
Crescimento intenso do mercado livre de energia
Entre janeiro e maio de 2025, a CCEE migrou quase 12 mil consumidores, volume que representa um salto de 33,3% se comparado ao mesmo período do ano passado. Ao todo, já são 76.673 unidades consumidoras nesse ambiente em que é possível escolher o próprio fornecedor, o tipo de fonte, comprar energia sob demanda e negociar livremente prazos e modelos de contrato, condições que garantem um atendimento personalizado, além da possibilidade de economia.
A grande maioria desses novos consumidores é formada por pequenas e médias empresas, como escritórios, padarias, farmácias e supermercados. Os consumidores com demanda contratada abaixo de 500 kW que não possuem outras cargas para agregar, só podem migrar para o mercado livre se forem representados por um comercializador varejista, que fará a gestão dos contratos e os representará essas cargas mais pulverizadas na CCEE.
Com a Medida Provisória 1.300/25, publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), há um grande potencial de crescimento nos próximos anos, já que a MP prevê abertura de forma gradual para a baixa tensão a partir de agosto de 2026, beneficiando, também, as residências, a partir de dezembro de 2027.
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