Statkraft inaugura na Bahia complexo eólico que será híbrido com solar

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A Statkraft concluiu as obras civis do Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia, maior empreendimento do grupo Statkraft fora da Europa. Com o Complexo, a empresa cresce de forma relevante sua capacidade eólica no Brasil, passando de 710MW para 1.229MW. E com a conclusão das aquisições recentes e outros projetos em construção, a Statkraft aumentará em cinco vezes a sua capacidade de geração no país no decorrer de um ano. Em 2024, a empresa espera ter mais de 2.230 MW de capacidade de geração em tecnologias hidrelétricas, eólicas, solares e baterias no país.
Christian Rynning-Tønnesen, CEO da Statkraft, destaca a importância do empreendimento para o Grupo, que passa a ser uma das maiores empresas de energia eólica do Brasil. “O desenvolvimento bem-sucedido do Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia, na Bahia, é um marco para a Statkraft no Brasil e mostra nosso compromisso em contribuir para a transição energética verde no país. Isso coloca a Statkraft entre as dez maiores empresas eólicas no mercado de energia mais importante da América Latina”, afirma o executivo global.
Localizado em Uibaí e Ibipeba, na Bahia, o complexo conta com uma área abrangente de 489,18 hectares, onde estão localizados os 14 parques eólicos, totalizando 91 aerogeradores de 5,7 MW de potência cada. A produção de energia renovável deve atingir 2.300 gigawatt-hora (GWh) por ano, o suficiente para abastecer 1,17 milhão de residências brasileiras. No pico da obra, o empreendimento chegou a empregar 2 mil colaboradores diretos e indiretos.

Para Ingeborg Dårflot, vice-presidente executivo de negócios internacionais da Statkraft, o Brasil tem um importante papel para os negócios da companhia. “A Statkraft vê o Brasil como um mercado estratégico, com grande potencial e com grandes ambições. Ao longo do tempo, construímos uma organização forte que nos dá a base necessária para desenvolver e operar ainda mais energias renováveis ​​em diversas tecnologias. Além disso, desenvolvemos uma equipe de comercialização no Brasil, que nos diferencia muito bem no entendimento da complexidade do mercado e das necessidades dos clientes. Aproveitamos a experiência em energia hidrelétrica que trazemos da Noruega e, ao mesmo tempo, aplicamos os conhecimentos do Brasil em outros países em que operamos. Uma troca essencial”, diz a executiva.
VSE Solar Híbrido
No final de 2023, a empresa anunciou que vai iniciar a construção do parque VSE Solar Híbrido, projeto híbrido que vai aproveitar a complementaridade das centrais geradoras de energia eólica de Ventos de Santa Eugênia com a geração solar. Com o uso da tecnologia BESS, que utiliza o mesmo ponto de conexão entre as duas energias, o parque híbrido terá a capacidade total de 682 MWac. Dessa forma, a empresa entra oficialmente no mercado de geração solar e, através de um projeto desenvolvido “in-house”, traz como inovação o uso de baterias. A previsão é que as obras comecem no primeiro semestre deste ano e que as operações sejam iniciadas em 2025.
A Statkraft é uma das primeiras empresas a desenvolver projetos híbridos no Brasil. “Temos orgulho de estar entre as primeiras empresas inovadoras a desenvolver um projeto híbrido de energia renovável para otimizar a produção de energia. Esse conceito garante melhor utilização da infraestrutura compartilhada entre as tecnologias solar e eólica e contribui para preços mais baixos e segurança energética ao sistema por meio de uma produção de energia mais estável e equilibrada”, afirma Fernando de Lapuerta, CEO e diretor presidente da Statkraft Brasil.
A regulamentação das usinas híbridas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é relativamente recente, do fim de 2021, e está na Resolução Normativa No.954 do órgão regulador. Considerada um salto de inovação para o sistema elétrico brasileiro, essa modalidade de geração permite a complementaridade temporal entre as diferentes fontes de geração de energia, dando mais previsibilidade aos projetos renováveis.

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