MTR-Arcol quer dobrar produção de estrutura fixa para usinas de solo em 2024

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A MTR-Arcol planeja dobrar a produção de estruturas fixas para usinas de solo em sua fábrica em Juiz de Fora, Minas Gerais em 2024. Para isso, projeta ampliar a capacidade de produção com novos equipamentos, colaboradores e espaço físico.

Em 2023, a MTR Solar atingiu 1.200 MWp em trackers solares (aumento de 60% em relação a 2022) e 450 MWp em estruturas fixas comercializadas e contratadas. A companhia projeta vender 2 GW em 2024, entre trackers e estruturas de fixação.

A empresa fornece estruturas de montagem fixas e com inclinação ajustável, feitas em aço pós galvanizado resistente à corrosão e projetadas para fornecer uma base sólida e estável para os painéis solares. Elas podem ser fixadas diretamente no solo ou em fundações de concreto, dependendo das condições do local.

“Nossas estruturas fixas são projetadas de acordo com as normas técnicas NBR 6123 e NBR 8800. A norma NBR 6123 estabelece os critérios para dimensionamento das estruturas em relação às cargas de vento e topografia de cada região, garantindo a resistência necessária para enfrentar as condições climáticas. Já a norma NBR 8800 define os requisitos para o projeto e fabricação das estruturas metálicas, assegurando a qualidade e segurança do produto. É importante ressaltar que essas normas são seguidas para garantir a confiabilidade da estrutura. Além disso, as estruturas recebem um acabamento galvanizado a fogo por imersão, que consiste em aplicar uma camada de zinco derretido em um tanque sobre o aço imerso no mesmo para protegê-lo da corrosão. Esse processo aumenta consideravelmente a vida útil da estrutura, garantindo sua durabilidade”, diz o diretor da MTR-ARCOL, Adriano Nascimento.

A estrutura utiliza o modelo monoposte, fabricado em aço estrutural, que usa apenas um suporte principal, o poste, fixado por concretagem no solo. Já o grau de inclinação da estrutura ajustável pode variar de 4° a 23°. “Esse grau de inclinação é importante para ajustar a posição da estrutura de acordo com o local de instalação e sua funcionalidade. Dependendo da necessidade do cliente e das características do projeto podemos ainda fabricar estruturas com duas colunas (bi-poste)”, diz Nascimento.

Além disso, é possível definir diferentes espaçamentos entre eixos de colunas que podem variar de 3,42 metros até 4,04 metros de vão livre, de acordo com as especificações do projeto. Essa flexibilidade permite adaptar a estrutura às necessidades específicas de cada projeto.

“A estrutura fixa é 10% a 13% em média do custo total do projeto. O uso de estruturas fixas em usinas solares na China, por exemplo, tem sido amplamente adotado devido a várias razões como custo e relevo.  As estruturas fixas oferecem grande estabilidade durante condições climáticas adversas, como ventos fortes e tempestades tanto em terrenos planos quanto em terrenos com declividades mais acentuadas. Isso é especialmente importante em áreas expostas a condições climáticas extremas, como algumas regiões da China e também, hoje em dia, no Brasil por causa do fenômeno El Niño que atinge há alguns anos diversas regiões brasileiras no verão, mas que já esteve atuante também no inverno como no ano passado”, diz o executivo.

Em comparação com os sistemas de rastreamento solar, as estruturas fixas exigem menos manutenção e não tem componentes móveis, resultando em custos iniciais e operacionais mais baixos.

A fábrica de estruturas da MTR-Arcol ocupa 10.000 metros quadrados, 380 funcionários, mantém 8.500 toneladas de estoque mínimo, produz em média 6 MW por dia (1,5 GW/ ano). A MTR-Arcol é uma joint venture do Grupo MTR com a empresa ARCOL. É parte do complexo fabril da MTR que ocupa 18.000 m2 em Juiz de Fora (MG).

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