Atlas Renewable Energy vende cinco usinas solares para a Engie Brasil Energia

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Como parte de sua estratégia de crescimento no Brasil, a Atlas Renewable Energy, empresa líder em energia renovável na América Latina, alcançou um marco importante em uma iniciativa de rotação de capital ao realizar a venda de um portfólio de ativos operacionais para a Engie Brasil Energia Complementares Participações, empresa do Grupo Engie no Brasil. O portfólio inclui cinco usinas de energia solar com uma capacidade instalada combinada de 545 MW e localizados nos estados da Bahia, Ceará e Minas Gerais.

A operação envolve os conjuntos fotovoltaicos Juazeiro (120 MW; BA), São Pedro (54 MW; BA), Sol do Futuro (81 MW; CE), Sertão Solar (90 MW; BA) e Lar do Sol (200 MW; MG), que totalizam 545 MW de capacidade instalada. Com exceção de Lar do Sol, todos os outros ativos negociaram energia no mercado regulado, respectivamente por R$ 433/MWh, R$ 451/MWh, R$ 429/MWh e R$ 181/MWh, em valores corrigidos até dezembro de 2022.

O valor total da transação será de aproximadamente R$ 3,240 bilhões, dividido entre o preço da compra, no montante de até R$ 2,269 bilhões, e o endividamento líquido da Atlas, no valor aproximado de R$ 971 milhões, que passa a ser consolidado.

Engie terá 9% da capacidade instalada de energia solar centralizada no Brasil

De acordo com o analista da Suno Research, Bernardo Viero, com a operação, a companhia expande a sua capacidade instalada operacional em 6,4%, aumentando sua capacidade comercial em mais 3,4%. Contabilizando os seus ativos em construção, o crescimento implícito é de, respectivamente, 5,4% e 3%.

“Observou-se, assim, uma transação ao preço de R$ 5,9 milhões por MW, sendo este um valor acima do custo de reposição, estimado em R$ 4,4 milhões tendo como referência os investimentos projetados para o projeto Assú Sol (752 MW). Isso se justifica pelos ativos estarem muito bem contratados, com preços de energia atrativos e vinculados a contratos de longuíssimo prazo, considerando o preço médio ponderado de R$ 363,8/MWh (os preços para fechar novos contratos incentivados de longo prazo hoje estão na faixa de R$ 138,8/MWh) e o prazo médio de 16,9 anos de vigência. Com o fechamento da transação, a companhia deverá expandir a sua capacidade solar em pouco mais de 200%, com sua relevância indo de 3% da capacidade instalada e 1% da garantia física para 9% e 5%, respectivamente”, disse o analista em nota à imprensa.

A aquisição reforça um movimento iniciado em 2015 pela Engie, que investiu mais de R$ 20 bilhões na transição energética, incluindo aportes em energia limpa e implantação de linhas de transmissão no período.

Atlas: foco no desenvolvimento de novos projetos

Com a transação de R$ 3,2 bilhões, a Atlas buscará reinvestir no desenvolvimento de novos projetos renováveis no país para um grupo diversificado de clientes sob estruturas inovadoras, fortalecendo o posicionamento de longo prazo da Atlas na região.

Após a transação, a Atlas ainda manterá um portfólio de mais de 1,8 GW de capacidade instalada no Brasil, o qual inclui dois parques fotovoltaicos em construção no estado de Minas Gerais, entre eles a maior usina solar da América Latina, e dois outros projetos já em operação. Além disso, a empresa possui um portfólio de mais de 15 GW de energia sustentável em desenvolvimento no Brasil, incluindo solar e eólica, em distintas fases.

“A Atlas está crescendo significativamente no Brasil, e essa transação nos permitirá desenvolver mais projetos no País, que continua a ser um dos principais mercados da Atlas, com foco contínuo no desenvolvimento de soluções personalizadas de energia renovável para clientes de diferentes setores da economia nacional”, afirma o country manager da Atlas Renewable Energy no Brasil, Fábio Bortoluzo.

A Atlas é uma empresa do fundo de investimento Global Infrastructure Partners (GIP).

O fechamento da operação está sujeito à satisfação de determinadas condições precedentes negociadas entre as partes por meio do Contrato, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), dentre outras condições suspensivas usuais para operações dessa natureza.

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