O gabinete espanhol aprovou um plano de investimento de € 2,19 bilhões (US$ 2,38 bilhões) para a construção de usinas de dessalinização alimentadas por usinas solares, apoio ao reúso de água urbana, redução de taxas para fazendas agrícolas afetadas e alívio da pressão sobre os aquíferos que abastecem o Parque Nacional de Doñana.
A estratégia foi originalmente proposta pelo Ministério da Transição Ecológica e Desafio Demográfico e pelo Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação para combater a seca e melhorar os recursos hídricos.
O Governo autorizou a empresa estatal Acuamed a lançar concursos para novas centrais dessalinizadoras conjugadas com parques solares fotovoltaicos, alocando um orçamento de € 600 milhões. A Acuamed vai estabelecer acordos para incentivar o investimento em parques fotovoltaicos e definir um preço máximo de venda para a água dessalinizada.
Desenvolvedores espanhóis já implementaram projetos utilizando energia fotovoltaica para lidar com a escassez de água por meio de usinas de dessalinização.
Cientistas da Universidade de León e La Laguna criaram um modelo, aplicado nas Ilhas Canárias, que calcula parâmetros para uma central híbrida eólica e solar fotovoltaica que suporta uma instalação de dessalinização capaz de abastecer uma população até ao fim da vida útil da central.
Na Andaluzia, o projeto de economia circular Agua+S visa obter água dessalinizada do mar a partir de energia renovável gerada por usinas fotovoltaicas flutuantes em reservatórios.
Empresas espanholas como Abengoa e Ayesa construíram a maior usina de dessalinização por osmose reversa do mundo na Arábia Saudita, em operação desde dezembro passado, atendendo às necessidades de água de aproximadamente 3.000.000 de pessoas.
No Chile, a empresa espanhola Acciona fornece eletricidade renovável para uma usina de dessalinização na região do Atacama, atendendo ao consumo humano de quatro municípios.
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