Rio Grande do Sul divulga estratégia para hidrogênio verde

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O Rio Grande do Sul divulgou relatório da consultoria McKinsey & Company, sobre as perspectivas do mercado de hidrogênio verde no estado. Até 2040, o novo energético pode proporcionar ao estado uma alta de aproximadamente R$ 62 bilhões no PIB e 41 mil novos empregos.

No setor produtivo local, o hidrogênio verde poderá ser usado como matéria-prima em refinarias, nos transportes rodoviário, ferroviário e marítimo, em carros de passageiros, na produção de fertilizantes e no aquecimento industrial, dentre outras aplicações.

Dentre estes, o uso em refinarias, o aquecimento industrial e o transporte rodoviário, com foco em caminhões, podem ser chave para o desenvolvimento da cadeia no estado. Conforme o estudo da McKinsey, a demanda de H₂V poderá chegar a 2,8 milhões de toneladas em 2040.

A consultoria levantou dados, entrevistou executivos e especialistas de mercado, mapeou os aspectos distintivos do estado, as demandas interna e externa, os impactos econômicos e os benefícios resultantes do desenvolvimento da cadeia, como a redução de impactos ambientais. Após essas análises, a McKinsey recomendou as diretrizes para o avanço do hidrogênio verde no Rio Grande do Sul.

“Agora, contamos com um estudo técnico e robusto que comprova nossas condições para desenvolver essa cadeia, propiciando que investidores apostem no Rio Grande do Sul como sede de uma planta de geração de hidrogênio verde”, disse o governador do estado, Eduardo Leite, em cerimônia de divulgação do estudo.

Atualmente, 82% da matriz de energia elétrica do estado é renovável, e o estado dispõe de uma infraestrutura portuária propícia para escoar a produção.

Durante o lançamento, também foi assinado um acordo de cooperação entre o governo e a prefeitura de Rio Grande, onde fica o porto, que é o maior distrito industrial do estado, para a efetivação de ações que priorizem a transição energética e o plano de descarbonização.

Já foram firmados quatro memorandos de entendimento, com as empresas White Martins, Enerfín, Neoenergia e Ocean Winds, que estão interessadas em realizar estudos ou implementar projetos relacionados ao hidrogênio sustentável no Rio Grande do Sul. Boa parte desses projetos considera a integração com investimentos em usinas eólicas offshore, em alto-mar.

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