As novas regras exigem que os futuros contratos de investimento privado no setor elétrico estejam alinhados com o marco regulatório federal, incluindo as fases de engenharia e supervisão da construção descritas no documento oficial. O instrumento visa proporcionar maior segurança jurídica em relação aos prazos e às responsabilidades dos investidores, bem como maior visibilidade no desenvolvimento dos ativos instalados.
Com este decreto, a supervisão de projetos de geração e as condições para investimento privado são detalhadas no âmbito da regulamentação mexicana, oferecendo um contexto mais claro para os participantes do mercado. Nesse sentido, um relatório recente da Ember indica que o investimento privado e o armazenamento de energia podem desempenhar um papel significativo nos próximos anos, com estimativas de até 36.000 MW de energia solar e 30 GWh de armazenamento em baterias.
O mais recente dos projetos fotovoltaicos submetidos para aprovação é uma usina solar de 90 MW planejada para o município de Lagos de Moreno, Jalisco, com interligação à subestação Lagos Galera da Comissão Federal de Eletricidade (CFE). A proposta inclui 218.568 módulos solares em 2.602 rastreadores solares em uma configuração 1P84. O projeto prevê 100 inversores centrais – quatro por subestação transformadora – distribuídos em 25 subestações, fornecendo energia a 34,5 kV. A energia gerada será encaminhada por meio de uma rede de baixa tensão para inversores que convertem a corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA) a 645 V.
Outro projeto é o Parque Solar Tulancingo, de 118,8 MW , em desenvolvimento pela Desarrollos Fotovoltaicos de México del Centro, com previsão de localização no município de Singuilucan, no estado de Hidalgo. A GR Energía Renovables está desenvolvendo uma usina solar de 30 MW em San Miguel de Allende, na região central do planalto mexicano.
Além disso, a Bluemex San Miguel apresentou um estudo de impacto ambiental ao Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semarnat) para o projeto solar FV Santa Fe de 139 MW , que inclui módulos bifaciais de 680 W, um sistema de armazenamento de energia, uma subestação elétrica e uma linha de transmissão de 335.885 metros em uma área de 481.432 hectares, com uma ocupação planejada de 178.781 hectares no município de Allende, Guanajuato.
Outro projeto é o projeto solar Alegría, de 788,7 MW, associado a 177,69 MW/314,98 MWh de armazenamento em baterias. Apresentado à Semarnat pela Sunstone Power 2, a usina está planejada para o município de Campeche, no estado homônimo. Ela inclui 1.151.416 módulos fotovoltaicos de 685 W cada, 101 centros de transformação e 202 inversores.
No entanto, a GCC Solar Samalayuca solicitou o estudo de impacto ambiental para o projeto do Parque Solar Samalayuca I , que inclui a preparação do terreno, a construção e a operação de um parque fotovoltaico para autoconsumo com capacidade de geração de corrente alternada de até 22,2 MW e produção estimada de 59.229 GWh por ano. A instalação será localizada em Juárez, no estado de Chihuahua.
Em outubro, a empresa espanhola de energia Iberdrola anunciou planos para dar continuidade a dois projetos de energia solar, totalizando 535 MW, no México, marcando um renovado compromisso com o mercado energético do país após anos de desinvestimento e tensões regulatórias.
Por meio de sua subsidiária local, Green Park Energy, a empresa espanhola de serviços públicos obteve aprovação para mudança no uso do solo para uma usina fotovoltaica de 415 MW em Saltillo, Coahuila. A unidade também apresentou um estudo de impacto ambiental para seu projeto fotovoltaico de 120 MW em San Diego de la Unión, Guanajuato.
Desde que a presidente Claudia Sheinbaum assumiu o cargo, seu governo tem buscado uma relação mais pragmática com os investidores estrangeiros. “Haverá espaço para investimento privado, mas com certas regras”, disse Sheinbaum recentemente, enfatizando a necessidade de estabilidade técnica e operacional no setor de energia.
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