Axia Energia vai implementar duas usinas fotovoltaicas com BESS em unidades do Exército na Amazônia

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A Axia Energia, novo nome da Eletrobras, empresa de energia brasileira privatizada em 2022, vai instalar duas usinas solares fotovoltaicas com sistemas de armazenamento por baterias (BESS, na sigla em inglês) em unidades do Exército brasileiro nos municípios de Tefé e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Os projetos receberão aportes de cerca de R$ 9,5 milhões da Conta de Desenvolvimento da Amazônia Legal (CDAL).

A solução, em parceria com a Baterias Moura, irá fornecer energia para instalações militares nos dois municípios, com intuito de garantir a segurança e a independência energética de unidades que atualmente não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) abastecidas por térmicas a óleo diesel. O objetivo é zerar o seu consumo de energia de usinas térmicas a óleo diesel do Exército na região, além de colaborar para reduzir o custo de energia dessas unidades militares. A Axia Energia será a responsável por contratar a engenharia consultiva para desenvolver os projetos até o nível de execução.

A 16ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro, em Tefé, receberá um sistema com capacidade de 503,25 kWp. Atualmente essa é a unidade de geração isolada com maior custo de geração e o segundo pior em perdas. Os aportes serão de aproximadamente R$ 5,4 milhões. Em até 15 anos, o Exército Brasileiro calcula um benefício à Conta Consumo de Combustíveis (CCC) de cerca de R$ 23 milhões.

Já no município de São Gabriel da Cachoeira, o sistema terá capacidade de 382 kWp e vai abastecer o Comando de Fronteira Rio Negro – 5º Batalhão de Infantaria de Selva. A partir da instalação do sistema, a perspectiva é que, em até 15 anos, proporcione um benefício de R$ 16 milhões à CCC. O tempo de desenvolvimento e de implementação dos dois sistemas será de seis e 18 meses, respectivamente.

Para o Exército, a instalação da usina representa um passo decisivo para assegurar a segurança energética em unidades militares estratégicas da Amazônia. Conforme as diretrizes do Comando Militar da Amazônia (CMA), a medida reduz a dependência de geradores a diesel, mitiga custos logísticos elevados e garante maior estabilidade no fornecimento de energia às Organizações Militares. Essas unidades, responsáveis pela proteção das fronteiras e pela coordenação de Pelotões Especiais de Fronteira, passam a contar com infraestrutura mais confiável para manter suas operações.

O Exército ficará responsável pela contratação dos serviços de manutenção dos sistemas de geração de energia do projeto. Já a Baterias Moura vai fornecer os equipamentos, realizar a obra e implantar e comissionar os sistemas em campo. A empresa lidera a concepção, integração e fornecimento das soluções de armazenamento de energia, por meio do Moura BESS. Ela atua também na engenharia de aplicação, na integração eletroeletrônica e no comissionamento dos sistemas, calibrando a arquitetura, o controle e a operação para o perfil de carga contratada, as condições climáticas amazônicas e a logística de localidades remotas.

Desde que se tornou uma empresa privada, a Axia Energia passou a cumprir compromissos assumidos em sua capitalização, entre eles o repasse anual de recursos para programas de desenvolvimento regional e revitalização ambiental, previstos em lei. A aplicação desses recursos é definida pelo governo federal, sob a coordenação dos Ministérios de Minas e Energia e da Integração e Desenvolvimento Regional. Essa ação representa uma resposta social à capitalização da empresa, alinhando desenvolvimento regional e sustentabilidade.

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