Com acesso a crédito de até R$ 120 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a ION Energia projeta atender entre 15 e 20 clientes no modelo de BESS as a Service, no qual o consumidor de energia não precisa investir nos sistemas de armazenamento, que são contratados como um serviço.
A empresa de Sorocaba (SP), que atua na comercialização e locação de soluções sustentáveis de energia, destinará os recursos para a aquisição de sistemas de armazenamento de energia (BESS) e geração fotovoltaica, incluindo equipamentos, engenharia, instalação e serviços relacionados à operação e manutenção.
Do total aprovado, R$ 84 milhões provêm do Novo Fundo Clima – Máquinas Verdes, com prazo de utilização de até um ano, e R$ 36 milhões do BNDES Máquinas e Serviços, que podem ser utilizados em até três anos. Segundo o CEO da ION Energia, Paulo Baraldi, a linha de crédito permitirá ampliar a oferta de soluções para clientes que não dispõem de capital inicial ou não queiram imobilizar seu capital neste tipo de equipamento.
“O armazenamento vai ocupar o lugar que o gerador a diesel ocupou por décadas. A diferença é que agora é inteligente, limpo e de baixo custo de operação”, declara Baraldi.
A ION Energia estruturou seu modelo de negócio com base no conceito de armazenamento como serviço, oferecendo aos clientes a possibilidade de utilizar sistemas de armazenamento de energia sem precisar investir na compra dos equipamentos. Os clientes pagam pelo serviço, enquanto a ION mantém a operação, o monitoramento e a manutenção do sistema.
Imagem: ION Energia
“Muitos de nossos clientes desejam utilizar soluções com baterias, mas não dispõem de capital ou não querem imobilizar seu capital na compra dos equipamentos. Com esta linha de crédito, poderemos aumentar nossa oferta de soluções para que eles possam fazer essa transição energética sem a necessidade desse investimento inicial”, afirma Baraldi.
O modelo tem aplicação em setores estratégicos como agronegócio, mineração, indústria e comercial. No agronegócio, por exemplo, o BESS pode substituir parcialmente ou totalmente geradores a diesel utilizados em sistemas de irrigação, reduzindo custos operacionais e emissões de gases poluentes. Em mineração e indústrias remotas, o armazenamento permite operar de forma autônoma e estável, minimizando interrupções e dependência da rede elétrica.
Uma das condições do financiamento é a nacionalização dos produtos, ou seja, o uso de baterias e equipamentos produzidos no Brasil. Baraldi explica que a ION Energia tem acompanhado o processo de homologação de fabricantes nacionais junto à linha Finame do BNDES, garantindo que os produtos estejam aptos para a aplicação da linha de crédito.
“Hoje, a maioria dos produtos ainda é importada. Estamos trabalhando com fabricantes brasileiros para garantir que possamos aplicar o financiamento e levar a tecnologia de forma escalável”, detalha o CEO.
A empresa já possui contratos em fase avançada de implantação, incluindo projetos agrícolas em estados como Bahia, Mato Grosso e Piauí, além de iniciativas em mineração e frotas de transporte elétrico urbano. Os projetos variam de R$ 3 milhões a R$ 15 milhões, com contratos de longo prazo, geralmente de 5 a 10 anos, e possibilidade de aquisição do equipamento ao final do período.
“Cada projeto é feito sob medida. Avaliamos a operação atual do cliente e definimos a solução que reduz custos e aumenta a eficiência energética, seja com BESS isolado ou acoplado a sistemas fotovoltaicos existentes”, explica Baraldi.
Além disso, a empresa já testou seus sistemas em eventos de grande visibilidade, como o São Paulo Fashion Week e o Carnaval, substituindo geradores a combustão por baterias, reforçando a confiabilidade e segurança da tecnologia.
Fundada em 2015, a ION Energia é parte do Grupo Gera, que oferece soluções integradas de energia. A empresa combina expertise em baterias e sistemas fotovoltaicos, engenharia e serviços, consolidando-se como referência em BESS as a Service no Brasil.
“Estamos rompendo paradigmas no mercado. Hoje os clientes veem que funciona e compreendem que é uma alternativa limpa, eficiente e financeiramente viável”, finaliza Baraldi.
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