A Intelbras apresentou na Intersolar 2025 um portfólio diversificado que vai do residencial às grandes usinas, com novidades em armazenamento, inversores e soluções off-grid. Segundo Tiago Goulart, analista de produtos e negócios da empresa, a estratégia passa pela nacionalização de parte da produção e pela ampliação do ecossistema de energia.
“Hoje atendemos desde microinversores até inversores para grandes usinas de investimento”, explicou Goulart. “Trouxemos destaques em lançamentos, como o nosso inversor de 7,5 kW híbrido, pensado para alimentar cargas comunitárias com apoio de banco de baterias, e soluções robustas de 50 a 75 kW voltadas a usinas de investimento”.
Nacionalização do armazenamento
Um dos pontos centrais do portfólio é o desenvolvimento de baterias próprias. “No passado trabalhávamos com fornecedores parceiros. Agora desenvolvemos nossa própria linha de baterias, certificadas pela Anatel e pelo Inmetro, com a qualidade Intelbras”, destacou o executivo.
Segundo Goulart, a empresa já possui planos de nacionalizar parte da produção do BES (Battery Energy Storage). “Sabemos que a célula é o último passo, mas já estamos estruturados para produzir módulos e BMS no Brasil. A Intelbras tem experiência com linhas complexas de nobreaks, e queremos aplicar esse know-how no armazenamento”, disse.
Ele reforçou que a eletrônica embarcada é um diferencial: “Diferente de fabricantes que vieram da indústria eletroquímica, nós já dominamos o desenvolvimento de placas e sistemas de gerenciamento de bateria. Mesmo em produtos OEM, passamos por testes rigorosos que vão além das certificações”.
Distribuidoras e mercado residencial
A empresa também está atenta ao interesse crescente das distribuidoras em sistemas de armazenamento. “As distribuidoras de energia estão cada vez mais olhando para o BESS como solução para estabilizar a rede. Queremos atender projetos de diferentes portes, com nosso time de engenharia de aplicação”, afirmou.
No residencial, Goulart vê uma tendência consolidada: “A procura por baterias já é uma realidade. A Intelbras entra sempre no momento em que entende que está preparada. Nosso cluster é muito residencial, mas vemos também aplicações em condomínios e incorporadoras, que já oferecem o sistema junto ao apartamento”.
Rapid Shut Down e Grid Zero
Entre os protótipos apresentados, destacam-se o Rapid Shut Down e o Grid Zero. “O Rapid Shut Down permite desenergizar o sistema em casos de arco elétrico ou em situações de emergência, como a visita de bombeiros”, explicou. Já o Grid Zero busca atender clientes de autoconsumo, sem exportar energia à rede.
Off-grid, mobilidade e agronegócio
Outra aposta da Intelbras é o desenvolvimento de soluções off-grid, que integram energia solar e armazenamento em aplicações de segurança, iluminação e telecom. “Em locais com infraestrutura precária, oferecemos sistemas completos, inclusive com câmeras térmicas para monitoramento de usinas. Só não vendemos o poste, o resto é tudo nosso”, brincou o analista.
A empresa também avança na integração solar em veículos e embarcações. Um dos projetos em andamento é o fornecimento de baterias de lítio para uma chalana no Pantanal. “O cliente não queria mais depender do diesel, principalmente à noite com o ar-condicionado ligado. A bateria garante silêncio e conforto, que é justamente o que os turistas procuram”, contou.
No agronegócio, as novidades são os inversores de até 2 cv para bombeamento solar, voltados a irrigação, abastecimento e hidratação animal. “O retorno do investimento é muito rápido. Dados mostram que o gado chega a engordar até 5% a mais por mês apenas por ter acesso facilitado à água. É literalmente dinheiro no bolso do produtor”, disse Goulart.
Para o analista, o conjunto de soluções mostra a estratégia da Intelbras de ir além do solar convencional. “O mercado ainda está retraído em alguns segmentos, mas temos muitas oportunidades em nichos que ampliam o ecossistema de energia. Nosso objetivo é oferecer soluções completas e nacionalizadas, sempre com a qualidade Intelbras”, concluiu.
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