MME e EPE publicam o caderno de Premissas Econômicas e Demográficas do PDE 2035

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O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram, nesta terça-feira (01/07), o Caderno de Premissas Demográficas e Econômicas, publicação que inaugura os estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035). O documento apresenta uma visão estruturada sobre a trajetória esperada para a população, os domicílios e a economia brasileira e mundial no período de 2026 a 2035. Essas premissas são fundamentais para orientar o planejamento energético de longo prazo no país.

De acordo com as projeções elaboradas pela EPE, a população brasileira deverá crescer a uma taxa média anual de 0,3% ao longo da próxima década, enquanto o número de domicílios crescerá a 1,2% ao ano. Essa dinâmica resultará em uma redução da relação habitante/domicílio para 2,5 em 2035, refletindo tanto o aumento da renda quanto a redução do déficit habitacional.

No cenário internacional, a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial cresça, em média, 3% ao ano, acompanhado de um crescimento de 3,3% ao ano no comércio global, com destaque para o papel crescente dos países emergentes na economia global.

No cenário de referência traçado para a economia brasileira, a projeção é de crescimento médio anual do PIB de 2,8%, impulsionado por um ambiente macroeconômico mais estável, maior confiança dos agentes econômicos, reformas estruturais e redução gradual da taxa de juros. Espera-se que os investimentos atinjam 19,6% do PIB.

Em termos setoriais, a agropecuária deverá crescer, em média, 3% ao ano, a indústria 2,6% e os serviços 2,9%. Entre os segmentos industriais, os destaques ficam por conta das áreas de eletricidade, gás, água e esgoto, com crescimento previsto de 2,8% ao ano, e da indústria de transformação energointensiva, com expansão de 2,4% ao ano.

Além do cenário de referência, o caderno apresenta dois cenários alternativos desenvolvidos para lidar com as incertezas que caracterizam o processo de planejamento de longo prazo. No cenário inferior, marcado por um ambiente macroeconômico mais adverso, o crescimento do PIB seria limitado a 1,9% ao ano, com desempenho mais modesto da indústria e dos serviços.

Já no cenário superior, caracterizado por um ambiente de maior estabilidade, confiança e volume de investimentos, o crescimento médio do PIB chegaria a 3,9% ao ano, promovendo avanços mais robustos na renda, na demanda interna e na produção, especialmente nos setores industriais e de serviços.

A publicação representa uma base para os estudos energéticos do PDE 2035 e está disponível no site do MME e da EPE. O conteúdo oferece subsídios técnicos relevantes para o setor energético e para todos os agentes interessados no desenvolvimento energético do país.

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