A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou o relatório intitulado Global Electric Vehicle OutloUruok 2025, no qual, além de apontar que globalmente as vendas de carros elétricos ultrapassaram 17 milhões em 2024, um aumento de mais de 25% em relação ao ano anterior, na América Latina, Brasil, Costa Rica, Uruguai e Colômbia lideram a venda de veículos elétricos.
Na América Latina, tanto o volume de vendas quanto a penetração de carros elétricos dobraram em vários países, com uma participação de mercado regional de 4% em 2024.
Brasil
O Brasil liderou a região com quase 125.000 unidades vendidas, mais que o dobro do número de 2023, e elevou a participação dos carros elétricos no mercado para 6,5%.
Em 2024, as vendas de carros elétricos no Brasil mais que dobraram e mais de 85% dos novos veículos elétricos vieram da China. Um fator determinante para este crescimento foi a isenção da tarifa de importação de 35% para carros elétricos, embora esta medida tenha começado a ser eliminada em 2024 e esteja prevista para terminar em meados de 2026. Até essa data, as fabricantes BYD e GWM já terão iniciado a produção de modelos no Brasil, com uma oferta adaptada ao mercado local, como o Song Pro, da BYD, que terá compatibilidade para combustível flexível.
Costa Rica, Uruguai e Colômbia
Costa Rica, Uruguai e Colômbia também registraram participações de vendas em circulação, com percentuais em torno de 15%, 13% e 7,5%, respectivamente.
Iniciativas como incentivos fiscais para a aquisição de carros elétricos permitiram que as vendas na Colômbia e na Costa Rica dobrassem em 2024. No caso da Colômbia, também foi proposto um aumento nas tarifas de importação para todos os veículos híbridos até o final de 2024, para incentivar uma maior adoção de veículos elétricos puros (BEVs). Em ambos os países, mais de 70% dos carros elétricos vendidos vieram da China. Em particular, as importações chinesas para a Colômbia mais do que triplicaram em 2024, enquanto as de outros países aumentaram apenas 30%.
De acordo com a IEA, esse crescimento se deve principalmente, além de incentivos governamentais, como incentivos fiscais, à redução das taxas de registro, à flexibilização das restrições de tráfego para veículos elétricos e aos preços relativamente altos dos combustíveis fósseis.
México e EUA
Em 2024, o México se tornou o maior parceiro comercial de carros elétricos nos Estados Unidos, com exportações líquidas para aquele país atingindo 145.000 veículos. As importações do México triplicaram em relação a 2023, respondendo por mais de dois terços da produção mexicana.
Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos fabricantes de equipamentos originais (OEMs) dos EUA (responsáveis por 70% das exportações do México para os Estados Unidos) e OEMs japoneses (20%).
Os Estados Unidos continuaram sendo um importador líquido de carros elétricos em 2024. As exportações caíram quase 15% em relação ao ano anterior, para menos de 200.000 carros elétricos, enquanto as importações cresceram 40%, para 630.000.
Vendas Globais
As vendas globais de carros elétricos ultrapassaram 17 milhões de unidades em 2024, um aumento de mais de 25%. O aumento de 3,5 milhões de unidades em relação a 2023 supera o número total de carros elétricos vendidos em todo o ano de 2020.
A China manteve sua posição de liderança entre os principais mercados, com mais de 11 milhões de veículos elétricos vendidos, um número superior às vendas globais há apenas dois anos.
O crescimento global foi temperado pela estagnação na Europa, onde a remoção ou redução de subsídios em vários mercados importantes e a estabilidade das metas da União Europeia para carros entre 2023 e 2024 influenciaram o ritmo de vendas. Nos Estados Unidos, as vendas continuaram a subir, embora o ritmo de crescimento tenha sido de cerca de um quarto do ano anterior. Fora desses três principais mercados, as vendas atingiram um recorde, com um aumento de cerca de 40% e um total de 1,3 milhão de unidades, aproximando-se de 1,6 milhões.
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