CELA aposta em fusões e aquisições no setor de renováveis e espera dobrar os negócios em 2025

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A CELA (Clean Energy Latin America), especializada em assessoria financeira e consultoria estratégica para empresas e investidores do setor de energia renovável no Brasil e no mundo, acaba de estruturar uma nova área para ampliar os negócios com assessoramento de fusões e aquisições (M&A) e financiamento de projetos (Project Finance) nos mercados de energia eólica, solar, armazenamento de energia e hidrogênio verde no Brasil.

A nova área passa a ter uma equipe dedicada aos processos de M&A e Project Finance e será comandada pelo executivo Irving Petrazzini, que tem mais de 15 anos de experiência combinada em fusões e aquisições, financiamento e gestão de empresas de alto crescimento. Com passagens pelo Banco Votorantim, Morgan Stanley, BTCompany e Digital House (investida Kaszek e Riverwood), Petrazzini traz experiência na estruturação e execução de estratégias de crescimento baseadas em aquisições. É f⁠ormado em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com MBA na The Wharton School.

A proposta da CELA com a nova estrutura é dobrar os negócios nas áreas de M&A e Project Finance em 2025. Na última década, a empresa já assessorou cerca de 3,5 gigawatts (GW) em transações nos setores de energia eólica e solar, incluindo companhias e empreendimentos de geração centralizada e de geração distribuída de diferentes portes.

A CELA participou como assessora financeira de transações como, por exemplo, a venda de projetos da Sunedison na América Latina para a Actis, criando a Atlas Renewables na geração centralizada, e a compra de plantas da RGD (joint venture entre a Gera e a Raízen) pela Athon Energia em fevereiro, na geração distribuída.
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“⁠⁠Com o crescimento sustentado e cada vez maior maturidade dos setores de energia eólica e solar no Brasil, investidores de fora do setor de energia têm buscado oportunidades de entrar nestes mercados via aquisição de projetos e empresas existentes, e empresas do setor têm buscado consolidar ativos em plataformas maiores. E estamos prontos para viabilizar esses negócios no país”, comenta Camila Ramos, CEO da CELA. “Também, no contexto do ESG, investidores financeiros e estratégicos buscam maior exposição em ativos no setor de transição energética”, acrescenta.

M&As em renováveis: mercado bilionário no Brasil

Segundo estudo recente da CELA, os acordos com fusões e aquisições no setor de energias renováveis somam cerca de R$ 50 bilhões acumulados no Brasil nos últimos dez anos.

O dado faz parte do “Panorama de M&As no setor de energias renováveis”, feito de forma independente pela CELA a partir de pesquisas e contribuições dos players dos mercados de solar fotovoltaica e eólica no Brasil. De acordo com o relatório, foram mapeados mais de 50 gigawatts (GW) de projetos e empresas transacionadas entre 2014 e 2023.

O estudo traz uma análise agregada dos especialistas da CELA de mais de 190 transações de empresas e projetos relacionados à energia solar fotovoltaica e energia eólica, incluindo as grandes usinas centralizadas (larga escala) e os médios empreendimentos de geração distribuída (até 5 megawatts).

Segundo o relatório, entre os anos de 2014 e 2023, houve um aumento de mais de 400% no número de transações mapeadas anualmente e um crescimento de mais de 8 vezes na capacidade total (GW) transacionada. Somente nos últimos 24 meses, entre 2022 e 2023, foram mapeadas mais de 60 transações, totalizando aproximadamente R$ 25 bilhões e uma capacidade de 30 GW em transações.

De 2020 até 2023, o volume de transações se intensificou, por inúmeros motivos, com destaque para o crescimento dos acordos na área de geração distribuída (GD), embora se caracterize por projetos de menor porte.

No caso do volume financeiro transacionado, os projetos centralizados, sobretudo da fonte eólica, aparecem de forma mais expressiva, dado o tamanho dos empreendimentos e a potência instalada nas usinas de grande escala. “Assim, os valuations totais são diretamente proporcionais a capacidade total transacionada e, consequentemente, mais expressivos para os projetos de geração centralizada”, conclui Camila.

Fonte: CELA
Fonte: CELA
Fonte: CELA

O relatório pode ser acessado no link: https://cela.com.br/ma/

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