Com a entrada em operação de comercial da usina fotovoltaica Boa Sorte I, localizada em Paracatu, Minas Gerais, com 44,1 MW de potência, o Brasil ultrapassou os 200 GW de capacidade instalada na geração centralizada, sendo 84,25% são de fontes renováveis e 15,75% de fontes não renováveis e 1% da fonte nuclear, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Atualmente as três maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%) e das fontes não renováveis, as maiores são gás natural (9%), petróleo (4%) e carvão mineral (1,75%). A fonte solar tem uma participação de 6,29% na matriz de geração centralizada brasileira, com 12,6 GW instalados.
Contando com a geração distribuída, com mais 27,5 GW de potência instalada, a participação da fonte na capacidade instalada total do Brasil aumenta para mais de 17% da matriz. A Aneel, contudo, não soma as potências de GD e GC porque a energia elétrica produzida é utilizada de modo diferente.
“Quando a Aneel iniciou suas atividades, em 1997, a capacidade instalada no país era de cerca de 60 GW. Ou seja, em menos de três décadas, o número mais que triplicou. E tem mais. Há menos de 20 anos, fontes como a eólica e a solar – até então consideradas alternativas – ainda não figuravam nas estatísticas de geração de energia. Graças a uma série de políticas públicas exitosas e a um rigoroso trabalho da Aneel na regulamentação e na fiscalização da geração, essas fontes dominaram a expansão da oferta no país nos últimos anos”, destacou o o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.
A previsão da Aneel é que sejam acrescentados 10,1 GW de usinas centralizadas até o fim de 2024, segunda maior expansão da série histórica, após os 10,3 GW de potência instalada no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2023.
Desse total, de acordo com a agência, 4,9 GW devem vir da fonte solar, em seguida, as eólicas devem acrescentar 3,8 GW. Biomassa, fósseis e hídrica devem acrescentar ainda 1,1 GW, 300 MW e 159 MW. Se a expectativa for concretizada, será o primeiro ano em que as usinas solares centralizadas lideram a expansão, passando a frente das eólicas, que lideraram a expansão em 2021, 2022 e 2023.
A fonte hídrica, que chegou a representar mais de 80% da capacidade de geração centralizada no Brasil, vem perdendo espaço para novas renováveis como eólica e solar e, com isso, o Sistema Interligado Nacional ganha novas características, como a grande flutuação de geração das fontes intermitentes. Já em 2024, a rampa de carga pode ser de 25 GW a 30 GW. Com isso, o país passou a realizar os leilões de reserva de capacidade para responder a essas flutuações, primeiro com contratação de térmicas, mas que devem abrir espaço, no futuro, para a contratação de armazenamento.
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