Geração solar distribuída atinge 27 gigawatts no Brasil, diz Absolar

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A geração própria de energia solar acaba de ultrapassar a marca de 27 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil, com mais de 3,4 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Segundo mapeamento da entidade, o país possui mais de 2,4 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012, foram cerca de R$ 135,5 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 810,6 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 32,7 bilhões.

A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.545 municípios nos 26 estados e no distrito federal brasileiros. Apesar disso, cinco estados concentram mais da metade da capacidade instalada de geração distribuída: São Paulo (3,7 GW), Minas Gerais (3,6 GW), Rio Grande do Sul (2,6 GW), Paraná (2,5 GW) e Mato Grosso (1,6 GW), somando 14 GW dos 27 GW totais.

Custos e benefícios

Ao calcular os custos e benefícios da chamada geração distribuída, estudo recente da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela ABSOLAR, concluiu que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031.

De acordo com o estudo, os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional, ante a uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh no país.

O objetivo do estudo foi calcular os custos e benefícios da microgeração e da minigeração distribuída, de acordo com o artigo 17 da Lei nº 14.300, de 6 de janeiro de 2022, que estabeleceu o marco legal do segmento.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, com a energia solar, o país pode, em pouco tempo, tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa e renovável.Embora as 3,4 milhões de unidades consumidoras abastecidas com energia solar distribuída sejam motivo de comemoração, ainda muito espaço para crescer, já que o Brasil possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”, comenta.

“Devemos seguir o exemplo de países mais desenvolvidos nesta área, em especial a Austrália, que, com boas políticas públicas, tornou-se referência global no uso da energia solar em residências e empresas, com cerca de um entre três unidades consumidoras naquele país atendidas por sistemas fotovoltaicos”, ressalta Koloszuk.

o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. A geração própria instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, diretamente nos centros urbanos e de consumo, ajuda a fortalecer e traz mais resiliência à rede elétrica, ao concentrar a geração de eletricidade próximo dos locais de consumo. Isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, explica.

A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país. O crescimento da geração própria da energia fotovoltaica também amplia a atração de capital e impulsiona a geração de mais emprego e renda aos brasileiros”, conclui Sauaia.

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