JA Solar prepara lançamento de módulo “n-type” e baterias

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A JA Solar disponibilizará em 2024 os modelos JAM66D45 590~615/LB e JAM72D42 605~630/LB, dopados negativamente com Fósforo (n-type). A dopagem das células é a principal diferença dos novos modelos em relação aos demais módulos da fabricante atualmente disponíveis dopados positivamente com Galio (p-type). Os módulos serão lançados na Intersolar South America 2023, que acontece em São Paulo, de 29/08 a 31/08.

Os módulos JAM66D45 590~615/LB possuem células de 182 x210 mm. Possuem até 22,8% de eficiência e potência máxima de 615 W, bem como 16 busbar.

O tamanho desse módulo está em conformidade com o acordo realizado por 9 fabricantes de módulos para padronizar o tamanho do wafer e assim, minimizar impactos de abastecimento e otimizar a produção ao reduzir custos e evitar desperdícios de material.

Já os módulos da família JAM72D42 605~630/LB possuem células de 182 x 199 mm, ou 2.465 x 1.134 mm de dimensão, mantendo-se o padrão de células M10 encontradas no mercado. Possuem até 22,5% e chegam a uma potência máxima de 630 W, assim como 16 busbar.

Baterias

Outra novidade que a JA Solar irá expor na InterSolar é a nova linha de produtos relacionada ao armazenamento de energia para residências. Sabemos que a união entre o sistema fotovoltaico e as baterias possui diversos benefícios, já é amplamente utilizada em outros países e será uma tendência para os próximos anos no Brasil.

A JA solar oferece um sistema completo composto por inversores + baterias, que além de promover a facilidade de instalação e ter um design sofisticado, irá estimular a autossuficiência, dado que a energia proveniente da luz poderá ser utilizada nos períodos noturnos e a independência em relação à concessionária, pois caso perca a referência da rede, o sistema é capaz de operar de maneira isolada (off grid)

A tecnologia n-type

“O processo de dopagem é importante pois o silício puro, base da célula, tem uma alta resistência. Logo, é preciso tirar esse material do equilíbrio para que quando receba irradiação, possa haver o movimento dos elétrons e por fim, a geração de energia. Para tal, é necessário agregar impurezas a esse elemento, pois ao juntar dois elementos distintos, precisa-se de menos energia para o processo de recombinação interna de elétrons. Fala-se que a dopagem é positiva quando ao final do ato descrito acima, a liga de Silício e Galio forma uma escassez de elétrons ou buracos na célula; já se denomina dopagem negativa quando a liga Silicio e Fósforo proporciona elétrons livres, que são carregados negativamente”, diz a empresa em comunicado. 

Os novos módulos do tipo N possuem características exclusivas referentes à adição de camadas a nível celular que melhoram o fluxo interno dos elétrons, reduzindo assim a resistividade. Possuem baixos coeficientes de temperatura, ou seja, tem menos perdas ao operar em ambientes extremos, tem menores índices de degradação anual e ao longo dos 30 anos de operação, assim como maior fator de bifacialidade, podendo absorver mais energia pela parte traseira dependendo das características da instalação.

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