O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira anunciou uma série de ações para descarbonização e combate da pobreza energética ao levar energia limpa e renovável para o Amazonas, durante sua participação no evento Energias da Amazônia, realizado em Parintins na última sexta-feira (04/08).
O evento fez parte do relançamento do programa Luz para Todos. O programa Energias da Amazônia, de descarbonização da Amazônia incluiu o anúncio da Interligação de Parintins, Itacoatiara e Juruti ao Sistema interligado Nacional (SIN), além da assinatura da Ordem de Serviço do Linhão Manaus/Boa Vista e do decreto da Interligação Elétrica dos países da América do Sul.
“Voltei a governar o país para dizer que no Estado do Amazonas nós vamos trazer a energia para 150 mil pessoas que ainda não têm energia. No outro governo, nós fizemos energia para mais de 16 milhões de pessoas”, afirmou o presidente Lula no evento.
Segundo o ministro, com a interligação de Parintins, Itacoatiara e Juruti, serão atendidas mais de 300 mil pessoas, com cerca de R$ 1 bilhão investidos e 2.250 empregos gerados. A ligação ao SIN marca o início do programa Energias da Amazônia.
Ao todo, estão previstos investimentos na ordem de R$ 5 bilhões para a transição dos 211 sistemas isolados que utilizam combustível fóssil na geração de energia elétrica. A medida proporciona acesso à energia elétrica gerada por fontes limpas e renováveis. De acordo com Alexandre Silveira, cerca de meio bilhão de reais serão economizados em diesel por ano.
Com a interligação ao SIN e implantação de fontes renováveis, será reduzida em 70% a geração térmica. A estimativa é de que aproximadamente 3 milhões de pessoas vivam nessas localidades e, com a substituição da matriz térmica por opções mais sustentáveis, 1,5 milhões de toneladas de carbono deixarão de ser lançadas na atmosfera.
Luz para Todos
Na primeira fase da retomada do programa Luz para Todos, até 500 mil famílias serão beneficiadas com energia elétrica para a população rural, sobretudo no Norte do país, e em regiões remotas da Amazônia Legal.
O programa, lançado inicialmente em 2003 pelo governo Lula, é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e objetiva garantir a erradicação da pobreza energética para o desenvolvimento social e econômico.
“Estamos relançando o Luz para Todos, pois o Brasil voltou, vamos tirar nossos irmãos da escuridão. O Luz para Todos é o senhor, Presidente Lula, é dignidade para mais de 17 milhões de brasileiras e brasileiros. Serão 500 mil famílias beneficiadas até 2026”, ressaltou Alexandre Silveira.
Conexão de Roraima
O ministro também assinou a ordem de serviço que irá conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Serão substituídas as usinas termelétricas por energia confiável, limpa e renovável. Atualmente, Roraima é o único, dentre as 27 unidades da federação, que está isolado do sistema. Os moradores de Boa Vista e cidades próximas atualmente dependem de usinas termelétricas movidas a óleo diesel, gás natural, biomassa e uma pequena central hidrelétrica.
“E assinamos Ordem de Serviço das obras da Linha Manaus – Boa Vista. Serão mais de 2,6 bilhões investidos. Mais de 500 mil pessoas beneficiadas. É substituição de termelétricas à diesel por energia limpa, renovável. Novamente Presidente, a conta de luz vai baixar para a população”, comemorou Alexandre Silveira.
Interligação com países vizinhos
Mais uma assinatura importante durante o evento foi o decreto que amplia as possibilidades de intercâmbio de energia elétrica com países da América Latina para a democratização do acesso à energia elétrica e descarbonizar a Amazônia.
Países como Argentina, Uruguai e Paraguai, já realizam intercâmbios internacionais de energia elétrica por meio da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu.
“Estamos reforçando as ações para a integração energética da América Latina. O decreto permitirá realizar contratos para a trazer energia limpa e renovável da Venezuela, da usina de Guri, que volta a ter um papel importante para garantir energia barata e sustentável para Roraima e para o Brasil. É a reconstrução da integração energética da América Latina”, complementou Alexandre Silveira.
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