Solar corresponde a menos de 9% da capacidade contratada em leilões

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Os leilões de energia nova, de fontes alternativas e de energia de reserva realizados pelo governo federal de 2009 a 2022 contrataram uma capacidade total de 63,9 GW. A fonte solar, apesar de ter atingido os menores preços entre as fontes nos últimos anos, tem apenas 8,79% de participação nessa capacidade contratada, atrás das eólicas (31,3%), térmicas a gás natural (19,3%) e hidrelétricas (17,4%) e biomass (13,1%).

A análise não considera leilões de ajuste, leilões de energia existente, leilão de reserva de capacidade e processo simplificado, e faz parte do Caderno de Tecnologias de Geração da Empresa de Pesquisa Energética. O estudo consolidou dados de projetos cadastrados para habilitação nos leilões de geração do governo federal de 2009 a 2022.

A fonte solar foi contratada em leilões pela primeira vez em 2014, enquanto a eólica começou a ser contratada em 2009. Atualmente ambas as fontes têm o mesmo patamar de preços.

Histórico de preços e capacidade instalada de usinas contratadas em leilões, por fonte de geração. Fonte: EPE. (Abra a imagem em uma nova guia para ampliá-la).

A EPE destaca que as usinas eólicas e fotovoltaicas passaram por um intenso processo de evolução tecnológica, com equipamentos de potência cada vez maior, no período analisado.

A evolução tecnológica é especialmente surpreendente ao considerar que apenas a partir de 2013 os projetos fotovoltaicos de geração centralizada (acima de 5 MW) foram cadastrados para participação nos leilões. Nesses quase 10 anos, os módulos de silício policristalino perderem espaço para os monocristalinos, com potência superando os 600 W.

Também foi observado rápido surgimento dos módulos bifaciais e de tecnologia PERC, além da inversão dos sistemas fixos para os de rastreamento em um eixo, contribuindo para fatores de capacidade cada vez maiores, chegando a 35% (em base CA).

No caso das usinas eólicas, o diâmetro dos rotores aumentou de 70 m para 150 m, em média, entre 2009 e 2022, e a potência dos geradores elétricos, de 1,4 MW para até 6 MW no mesmo período. Como consequência, os fatores de capacidade atingiram 60% em alguns casos.

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