Consumidores residenciais investiram R$ 18,7 bilhões em geração distribuída em 2022

Dados da EPE mostram que a classe consumidora alcançou no ano passado a maior participação que já teve nos investimentos totais em geração distribuída, correspondendo a 56%. Desde 2019, consumidores residenciais instalam mais capacidade do que os comercias. Apesar disso, penetração da GD é de apenas 5% entre consumidores residenciais, contra 12% na classe rural.

Instalación de un techo solar en vivienda. Foto Solfium

Imagem: Solfium

Share

Consumidores residenciais investiram R$ 18,654 bilhões em geração distribuída em 2022, de acordo com dados da EPE. O valor representa 56,9% do total de R$ 32,783 milhões investidos de acordo com o levantamento da empresa de pesquisa energética. É também a maior participação nos investimentos totais em geração distribuída que essa classe consumidora já teve. Em 2021, foi 52% e os clientes residenciais lideram os investimentos desde 2019, quando passaram à frente dos consumidores comerciais
Elaboração própria com dados da EPE

Os valores são estimados com base nos dados enviados pelas distribuidoras à Aneel. Em 2022, foram instalados 4.389 MW de geração distribuída solar por consumidores residenciais, enquanto comerciais instalaram 1.766 MW e consumidores rurais, mais 1.150 MW. Ao todo, foram instalados 7.805 MW, de acordo com a Aneel.

Os sistemas residenciais instalados no ano passado tinham em média 6,9 kW, de acordo com os dados da Aneel, enquanto os comerciais tinham 26,8 kW em média.

Nova capacidade de GD solar instalada em 2022 (Aneel)

Apesar de ter uma participação maior nos novos investimentos, a classe residencial tem uma penetração menor de geração distribuída em relação ao seu consumo total. A EPE calcula que a geração distribuída já representa 12% do consumo total de clientes rurais, 9,5% do consumo comercial e 6,8% do industrial no mercado cativo (regulado, atendido pelas distribuidoras). Na residencial é apenas 5,2%.

Inserção de GD por classe de consumo (EPE)

Os projetos residenciais têm ciclos de construção mais rápidos e podem refletir primeiro os efeitos da corrida para enquadramento nas regras de geração distribuída anteriores à Lei 14.300 (GD I). A expectativa é que esse ano os projetos comerciais que foram negociados nessas condições no ano passado comecem a entrar em operação.

De acordo com uma simulação da Greener, o impacto das nova regras da geração solar distribuída sobre o tempo de retorno dos projetos deve se menor para os consumidores comerciais, embora não passe de um aumento de, em média, 8 meses para os consumidores residenciais.

Este conteúdo é protegido por direitos autorais e não pode ser reutilizado. Se você deseja cooperar conosco e gostaria de reutilizar parte de nosso conteúdo, por favor entre em contato com: editors@pv-magazine.com.