Tanto no Brasil quanto globalmente, o ritmo de novas instalações de geração fotovoltaica está desacelerando. Ao mesmo tempo, o cumprimento de metas globais de transição energética exigirá volumes maiores de nova capacidade adicionada, incluindo investimento na rede elétrica, que tem representado um gargalo para a expansão renovável. Neste contexto, o armazenamento de energia em baterias é visto como uma solução para adequar a oferta de energia intermitente ao perfil de consumo e empresas do setor fotovoltaico apostam na nova tecnologia.
A Absolar projeta que o Brasil adicionará 11,4 GW em 2025, uma queda de 24% frente aos 15 GW adicionados em 2024. A desaceleração deve continuar em 2026, com 10,6 GW instalados, queda de 7% em comparação com 2025. Com isso, o país caminha para o segundo ano consecutivo de retração, desde o recorde histórico de crescimento registrado em 2024.
O cenário não é exclusivo do Brasil. Globalmente o mercado solar está desacelerando, com a previsão que a capacidade global de novos projetos fotovoltaicos totalize cerca de 649 GW em 2026 — um leve recuo em relação às adições previstas em 2025, marcando a primeira queda anual desde o início das séries históricas em 2000.
Um importante gargalo para o crescimento da fonte, globalmente e no Brasil, é a capacidade de absorção da oferta de geração renovável pela rede e o gerenciamento dessa oferta para adequá-la à demanda. Cerca de 90% dos cortes atuais ocorrem por falta de correspondência entre geração e demanda.
O armazenamento é visto como uma solução para realizar esse balanceamento entre geração e consumo. Por isso, empresas que atuam no mercado solar estão apostando nas baterias como nova via de crescimento, diante do arrefecimento da expansão fotovoltaica. Fabricantes, tanto de módulos e da cadeia upstream quanto de inversores, além de distribuidoras e integradores estão apostando na tecnologia.
Mas há uma nova curva de aprendizado para atuar nesse segmento, com projetos exigindo um entendimento refinado da necessidade do consumidor.
É importante ressaltar que, embora o mercado solar esteja desacelerando seu crescimento, o cumprimento das metas globais de combate à crise climática exigirá um ritmo mais agressivo de expansão das renováveis. A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) calcula que é necessário adicionar 1.122 GW de renováveis todos os anos até 2030 para cumprir o acordo da COP, um crescimento anual de 16,6% ao longo da década.
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