Em um cenário de mercado desafiador, a Solfácil impulsiona seu crescimento com uma estratégia de ecossistema que integra distribuição e fintech. O recém-anunciado Chief Operating Officer (COO) da Solfácil, Eduardo Neubern, compartilhou insights da empresa e suas perspectivas futuras em entrevista à pv magazine Brasil.
O COO declarou que a Solfácil tem experimentado um crescimento significativo, especialmente no segundo semestre do ano, com volume e rentabilidade em patamares saudáveis. “Vamos crescer em relação ao ano passado”, afirmou, destacando que a empresa tem conquistado market share. Esse crescimento não é a qualquer custo, mas sim com rentabilidade, priorizando volume e margem.
Ecossistema: distribuidora e fintech como alavancas

Imagem: Solfácil
A principal alavanca para o sucesso da Solfácil é sua proposta de valor como ecossistema, combinando as operações de distribuidora e fintech. “Financiamento é uma grande alavanca para a gente”, explicou Neubern. A empresa se tornou uma financeira este ano, em busca de maior competitividade e flexibilidade. Isso resultou em patamares recordes de origem de crédito, bons níveis de aprovação, taxas competitivas e gestão de risco controlada, impulsionando também o negócio da distribuidora. “Eles se retroalimentam”, disse Neubern, referindo-se à simbiose entre a distribuidora e a fintech.
No lado da distribuição, um trabalho ativo de sortimento de portfólio tem sido crucial, equilibrando produtos de ótimo custo-benefício com opções premium. A eficiência operacional, incluindo a gestão de frete e a otimização dos centros de distribuição, também contribui.
Um diferencial importante é a inteligência da gestão de risco na fintech, que inclui o conceito de desligamento remoto, que permite aprovar mais crédito com taxas competitivas, mantendo as perdas sob controle. O executivo enfatizou que esses pilares ainda têm bastante oportunidade de crescimento.
Expansão regional e centros de distribuição
A Solfácil tem colhido resultados de ganho de market share no Nordeste, onde a combinação de sortimento de produtos, eficiência operacional e competitividade em financiamento tem sido eficaz. A empresa possui centros de distribuição em Jaboatão dos Guararapes (PE), que atende o Nordeste, e em Jundiaí (SP), que realiza entregas para o restante do Brasil. Para 2026, os planos incluem ampliar a proximidade com os clientes nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, seja por meio de CDs próprios ou parcerias. Os CDs concentram um portfólio completo de módulos, inversores, baterias e componentes CA/CC, com marcas como GoodWe, Sofar, Unipower, Huawei, FoxESS, Enphase, Hanersun, OSDA, DMEGC, Ronma e LONGi.
Neubern destacou a especialização da Solfácil no setor solar como um fator chave. “A gente não analisa o risco olhando apenas para a residência do consumidor final. A gente faz uma análise criteriosa de risco da cadeia”, explicou. A empresa analisa distribuidores, integradores e o histórico de performance de projetos na região, tendo uma visão holística e profunda.
Com sete anos de atuação, a Solfácil é pioneira no setor, o que lhe proporcionou um valioso aprendizado prático. “Não é uma indústria trivial, né? Uma indústria com uma complexidade considerável e a gente foi formando uma base de conhecimento”, afirmou Neubern.
A empresa tem registrado um grande volume de vendas via financiamento. Neubern informou que, no mercado, o financiamento representa cerca de 50%, mas dentro do ecossistema Solfácil, esse percentual é “consideravelmente mais alto” quando o integrador opta por comprar da distribuidora da empresa.
A Solfácil se tornou uma financeira este ano, um feito que Neubern ressaltou como um diferencial, dada a complexidade e a experiência necessárias para a gestão de risco e alavancagem no negócio de financiamento.
A empresa continua focada no segmento residencial, especialmente em sistemas de até 7,5 kW, onde a proposta de valor é forte e o processo de venda é mais simples.
Um destaque para o futuro são as baterias. Neubern revelou que a venda de baterias dobrou de setembro para outubro, e novamente de outubro para o primeiro trimestre, indicando um crescimento acelerado. “A penetração ainda é baixa. Então, uma super oportunidade”, disse. As baterias oferecem autoconsumo e proteção contra apagões, com preços em queda. A Solfácil vê as baterias como uma realidade crescente para residências a partir do próximo ano.
Para 2026, a Solfácil está otimista. Neubern mencionou a tendência da eletrificação, com o crescimento da frota de carros híbridos e elétricos, que aumentará o consumo de energia e fortalecerá a proposta de valor do solar. A empresa também aposta na gestão inteligente do consumo de energia, com produtos como o Smart, um IoT para monitoramento.
Embora ainda não distribua carregadores de veículos elétricos, Neubern vê uma oportunidade de incluir os equipamentos em seu portfólio para o próximo ano, já que a eletrificação da frota e a energia solar compartilham a proposta de redução do custo de energia.
Este conteúdo é protegido por direitos autorais e não pode ser reutilizado. Se você deseja cooperar conosco e gostaria de reutilizar parte de nosso conteúdo, por favor entre em contato com: editors@pv-magazine.com.





Ao enviar este formulário, você concorda com a pv magazine usar seus dados para o propósito de publicar seu comentário.
Seus dados pessoais serão apenas exibidos ou transmitidos para terceiros com o propósito de filtrar spam, ou se for necessário para manutenção técnica do website. Qualquer outra transferência a terceiros não acontecerá, a menos que seja justificado com base em regulamentações aplicáveis de proteção de dados ou se a pv magazine for legalmente obrigada a fazê-lo.
Você pode revogar esse consentimento a qualquer momento com efeito para o futuro, em cujo caso seus dados serão apagados imediatamente. Ainda, seus dados podem ser apagados se a pv magazine processou seu pedido ou se o propósito de guardar seus dados for cumprido.
Mais informações em privacidade de dados podem ser encontradas em nossa Política de Proteção de Dados.