Em momento de reestruturação, a Aldo Solar, parte do Grupo Descarbonize Soluções, planeja um crescimento expressivo, conforme detalhado por Patrick von Schaaffhausen, CEO do Grupo, da distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e vice-Presidente sênior da Brookfield Private Equity no Brasil. Após um ano de 2025 focado em rentabilidade, a empresa agora mira a expansão em volume de vendas, com projeções ambiciosas para 2026.
Para a empresa, o ano foi marcado por um esforço concentrado em rentabilidade, resultando em um aumento de margem de 50% em comparação com 2024. “Foi um ano muito de crescimento e de rentabilidade. Muito mais do que crescimento de volume, em termos de potência, ficou muito semelhante ao que a gente estava no ano anterior, mas foi um foco muito mais em rentabilidade do que volume”, explica Schaaffhausen. A empresa passou por uma readequação de processos, níveis de estoque e posicionamento de portfólio, preparando o terreno para a próxima fase de crescimento.

Imagem: Aldo Solar
Apesar do foco em rentabilidade, 2025 não foi isento de desafios. A incerteza regulatória, especialmente em relação às baterias e o fim dos ex-tarifários, gerou uma corrida por compras no início do ano e um acúmulo de estoque, resultando em uma guerra de preços.
“A MP 1304 também gerou discussões, embora o impacto de custo para micro e minigeração não tenha sido significativo. A demanda geral do mercado registrou uma queda de cerca de 10%, e houve uma piora na qualidade do crédito, com diminuição nas taxas de aprovação”, explicou o executivo.
No entanto, a Aldo Solar está otimista para 2026, projetando um crescimento de 50% em volume. “Superado essa incerteza, a gente acredita que para o ano que vem isso deve voltar a crescer”, afirma Schaaffhausen. A expectativa é de maior estabilidade regulatória e o amadurecimento de novos produtos.
Diversificação do portfólio
O executivo ressalta a diversificação do portfólio, com a ampliação da gama de fornecedores de módulos (JinkoSolar, JA Solar, Osda, Longi e DAH), inversores Growatt, NEP, Solplanet e GoodWe) e a inclusão de baterias com parcerias de distribuição das marcas UCB e GoodWe, além de carregadores veiculares, vistos como “tendências claras do setor”. Ele destaca que a eletrificação “não é uma tendência, é uma realidade e vai continuar acontecendo”. A empresa oferece tanto a venda quanto o aluguel desses equipamentos, especialmente para clientes corporativos, além de oferecer um software para gestão da monetização dos eletropostos.
A abertura de um Centro de Distribuição (CD) em Pernambuco para atender a região Nordeste resultou em entregas mais rápidas. A empresa está avaliando a abertura de outros CDs em outras regiões para aumentar a capilaridade. “A gente teve um sucesso com esse CD em Pernambuco, estamos agora avaliando outras regiões”, comenta Schaaffhausen.
Em um mercado competitivo, a Aldo Solar busca se aproximar dos parceiros, otimizar a entrega e o atendimento, e aumentar a previsibilidade da demanda. A equipe de vendas foi dobrada e há planos de expansão para o próximo ano.
Armazenamento
Em relação às baterias, ele observa um “aumento grande na procura e pesquisa”, embora o crescimento efetivo de vendas seja modesto. “A visibilidade e discussão em torno das baterias, impulsionadas por questões regulatórias, foram positivas para criar conhecimento e interesse”.
Ele compara a maturidade do mercado de baterias com a dos módulos há cinco ou sete anos, prevendo um crescimento agressivo, mas mais estruturado, e já prepara uma equipe de engenheiros especializada para apoiar projetos com baterias.
A empresa também está explorando a ampliação da gama de produtos correlatos ao solar, como BIPV, sistemas fotovoltaicos integrados às edificações, painéis coloridos, modelos mais leves e flexíveis, além de painéis translúcidos para coberturas e pergolados. Soluções “do it yourself” para varandas, como kits e baterias “plug-and-play”, também estão sendo distribuídas, tornando o mercado mais acessível.
Financiamento
Patrick von Schaaffhausen afirmou que o financiamento não é um desafio para a micro e minigeração. “Hoje, cerca de 25% dos projetos da Aldo Solar são financiados, o que é um pouco influenciado pelo perfil do que a empresa vende”.
O executivo explicou que, embora a alta de juros impacte o setor, a possibilidade de encaixar a parcela da conta de luz dentro da parcela do financiamento é mais importante do que a taxa de juros em si. Isso pode alongar o prazo do financiamento, mas o tamanho da parcela é mais relevante para o consumidor final. “Observamos uma piora na qualidade do crédito, com uma diminuição nas taxas de aprovação devido ao contexto macroeconômico”.
Para grandes projetos, como instalações logísticas, sistemas de baterias e projetos de maior escala no agronegócio, encontrar financiamento é um desafio maior. A Aldo Solar está trabalhando para se alinhar com parceiros para obter financiamentos dedicados a esses projetos.
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