A IBR Capital abriu captação de recursos para o desenvolvimento da Usina Solar Fazenda Formosa, de 1,5 MW, localizada em Tapes, no Rio Grande do Sul, através da plataforma de crowdfunding Divify. A oferta de cotas de investimento mínimo de R$ 5 mil tem o objetivo de arrecadar R$ 800 mil, com uma rentabilidade projetada de 2,8% ao mês. A geração mensal estimada da usina é de 167.408 kWh e o aporte total previsto é de R$ 3,5 milhões, com o restante do investimento realizado por meio de ofertas privadas. O modelo de negócio prevê a venda da energia por mais de 25 anos e o pagamento da dívida em 36 meses.
Segundo o CEO da IBR Capital, Gill Silva, o projeto tem potencial para gerar receita e operar sob diferentes modelos de negócios. Uma das opções é fornecer energia para consumidores próximos ao local da instalação, como empresas produtoras de arroz, que se tornariam sócias da Sociedade de Propósito Específico (SPE) do projeto. Nesse modelo, o cliente receberia um desconto de 20% a 30% na conta de luz, e o projeto receberia 70% do valor do quilowatt, que é considerado alto no Rio Grande do Sul.
Outra possibilidade é a negociação com cooperativas de energia. O projeto poderia enviar os créditos de energia para essas cooperativas, que então fariam a distribuição para seus clientes. Embora isso resulte em um valor menor para o projeto, as cooperativas ofereceriam um contrato de 20 anos, garantindo o pagamento da energia.
O projeto se enquadra na minigeração distribuída e está classificado como GD I. A usina está sendo construída em uma área de 20 hectares que estava sem uso por não ser adequada para o plantio de arroz. A obra já foi iniciada e a captação de R$ 800.000 é para a conclusão do projeto.
Além disso, o projeto de energia solar servirá como um gerador de renda para pagar juros sobre o capital de futuros investimentos imobiliários da IBR Capital. A usina, que atualmente tem 1,5 MW, está buscando viabilidade para expandir para 5 MW. Se aprovada, essa expansão poderia gerar cerca de R$ 200.000 por mês em rendimentos, o que justificaria novas captações no mercado via crowdfunding para novos projetos.

Equity crowdfunding como alternativa ao financiamento tradicional
A oferta de cotas de investimento é possibilitada pela Resolução CVM 88, que regulamenta o equity crowdfunding, que motivou o desenvolvimento da Divify como um software as a service, uma plataforma de oferta pública de valores imobiliários. Ela pode ser utilizada por empresas como alternativa ao lançamento de produtos mais caros como debêntures, CRA, CRI, diz o fundador e CEO da Divify, Ricardo Wendel.
“No futuro, essas dívidas podem ser negociadas em um mercado secundário. Então se você tem uma posição no negócio, pode vender para outros, o que dá liquidez para essa dívida”, diz Wendel. “Com isso a IBR pode criar uma bolsa de negócios, através da qual é possível fragmentar os ativos, distribuir, controlar os investidores. É possível também fazer os pagamentos dessa dívida de maneira muito expressa. Ou seja, vamos dizer que entrem 1000 investidores na oferta, através da a plataforma faz um pagamento de uma invoice, um PIX e a gente deposita na carteira de todos ao mesmo tempo, de forma proporcional”.
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