O Senai Paraná por meio do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI Eletroquímica) apresentou os resultados obtidos relacionados à produção semi-industrial de células de baterias no país. O projeto contempla células prismáticas e cilíndricas, dois formatos amplamente utilizados no setor, e grande parte do desenvolvimento já foi realizada em escala reduzida em sua planta de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Na ocasião estiveram presentes representantes de 27 empresas, instituições de fomento e instituições parceiras, incluindo gigantes como Petrobras, Stellantis, Volkswagen, GM, WEG, Tupy, CBA e CNH.
O coordenador da área de Smart Energy do ISI Eletroquímica, de Heverson Renan de Freitas destacou que a chegada dos equipamentos, prevista para o final de 2025 e início de 2026, dará início à instalação da planta e da sala seca, ambiente essencial para manter umidade extremamente baixa. “A operação plena da planta deve começar após a etapa de comissionamento em 2026, com expectativa de domínio completo dos processos em escala semi-industrial até meados de 2027”, completou, reforçando que esses avanços representam a materialização de um esforço colaborativo sem precedentes na cadeia nacional de baterias,
Os resultados apresentados mostraram avanços concretos ao longo do primeiro ano. Foram adquiridas matérias-primas e células comerciais, utilizadas como referência em ensaios de caracterização conduzidos pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD). Também foram produzidos os primeiros protótipos nacionais de células prismáticas, com capacidades em torno de 25Ah e 100Ah, em ambiente laboratorial, atingindo maturidade tecnológica de TRL 5. Paralelamente, foram definidos parâmetros críticos de formulação de eletrodos, processos de calandragem, injeção de eletrólito e aging, fundamentais para garantir consistência e segurança nos ciclos de carga e descarga.
As obras da planta semi-industrial já estão em andamento, incluindo a contratação da sala seca. A linha de produção foi projetada e os equipamentos estão em fabricação, com previsão de chegada ao Brasil até janeiro de 2026. Além disso, o projeto contou com a contratação de consultoria internacional do instituto Fraunhofer ICT, responsável pela Análise de Ciclo de Vida (ACV) segundo padrões ISO, ampliando a aderência da iniciativa a requisitos globais de sustentabilidade.
Com a primeira fase consolidada, os próximos passos do projeto incluem a instalação e o comissionamento da sala seca e dos equipamentos semi-industriais, previstos para 2026. Esse será o marco para iniciar a produção de células cilíndricas e prismáticas em ambiente pré-industrial, validando processos e ampliando o nível de maturidade tecnológica até TRL/MRL 7.
Também estão programados novos ciclos de testes avançados de desempenho e análises de impacto ambiental e econômico, além da realização de mais workshops e visitas técnicas com empresas parceiras.
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