O Brasil tem um potencial técnico de produção de hidrogênio verde de 18,922 milhões de toneladas por ano, segundo um levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A fonte solar tem uma participação de 13% nesse potencial técnico estimado, ou 2,229 milhões de toneladas por ano. A fonte eólica tem a maior participação no potencial estimado, de 37,9%, chegando a 6,475 milhões de toneladas de H2V por ano; seguida por biomassa, com 25% ou 4,272 milhões de toneladas; e hidroelétrica, com 24% ou 4,100 milhões de toneladas. O potencial restante, de 3,8 milhões de toneladas, está concentrado em projetos offshore no mar territorial brasileiro.
Do ponto de vista dos estados, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Norte lideram o potencial técnico de produção do hidrogênio verde onshore no Brasil, com participações de 16,6% (2,972 milhões de toneladas), 14,65% (2,623 milhões de toneladas) e 13,71% (2,454 milhões de toneladas por ano).
O Portal de Dados de Hidrogênio no Brasil pode ser acessado aqui. Além do potencial técnico de produção, a plataforma identifica 30 projetos de produção de hidrogênio verde anunciados no país, com informações como investimentos estimados e status de desenvolvimento. Esses projetos somam um potencial de produção de 4,222 milhões de toneladas por ano. Com dois projetos para produzir 488 mil toneladas por ano cada, a Qair lidera em potencial de produção em desenvolvimento por empresas, com aproximadamente 23% da capacidade total. A Unigel e a Enegix seguem a liderança, com participações de 14,2% e com projetos para produzir 600 mil toneladas por ano cada.
O potencial técnico, cabe apontar, corresponde ao volume máximo que seria obtido caso todo o recurso disponível fosse recuperado a partir das tecnologias mais eficientes disponíveis, a partir de recursos energéticos provados e prováveis. A estimativa não considera aspectos econômicos, financeiros e comportamentais nem barreiras existentes ao aproveitamento do recurso energético.
O potencial de mercado, portanto, pode ser consideravelmente menor que o técnico, considerando também investimentos em equipamentos, O&M, custo de insumo, preços de venda da energia, taxas de desconto setorial, entre outros, além de barreiras existentes para adoção de tecnologias, acesso a capital, gestão de prioridades do negócio ou percepção de risco do projeto (o que demandaria um prêmio adicional sobre a taxa de desconto setorial).
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