A linha de transmissão Manaus–Boa Vista, que conta com 725 quilômetros de extensão em circuito duplo de 500 quilovolts (kV), foi energizada ontem em operação, conduzida a partir dos Centros Nacional e Regional de Operação Norte/Centro-Oeste, na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), marca a conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), concluindo o mapa energético do Brasil.
A linha, que demandou investimentos de R$ 3,3 bilhões e foi executada pela Transnorte Energia (TNE), reforça o sistema de transmissão elétrico no país, garantindo estabilidade no fornecimento, tarifas mais justas e redução da dependência de termelétricas, até então responsáveis pela geração em Roraima.
Com a energização, Roraima passa a ter a mesma qualidade e segurança de fornecimento do restante do país, fortalecendo o desenvolvimento regional e atraindo novos investimentos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que “ao conectar Boa Vista, última capital que estava fora do SIN, completamos o mapa energético do Brasil. Este é o maior projeto de descarbonização da Amazônia, com a retirada gradual do diesel e a entrada da energia limpa do nosso sistema interligado”, afirmou.
Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a experiência brasileira com o Sistema Interligado Nacional pode servir de referência para uma futura integração elétrica entre os países da América do Sul.
“Considero que poucos países possuem um sistema interligado como o nosso. Caso os líderes da América do Sul reconheçam a importância de um sistema como este, poderemos integrar o potencial energético de toda a América do Sul, transformando-nos em uma potência ainda maior.”, relatou Lula.
A linha de transmissão deverá promover fornecimento contínuo para hospitais, escolas, comércio e residências, com impacto direto na economia nacional. A conexão possibilitará economia superior a R$ 500 milhões por ano com a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), encargo pago por todos os brasileiros. Também está prevista a redução de mais de 1 milhão de toneladas de CO₂ anualmente, reforçando o compromisso do país com a transição energética.
Durante a fase de construção, foram gerados cerca de 3 mil empregos diretos. O projeto foi desenvolvido em diálogo com comunidades indígenas, em especial os Waimiri-Atroari, com ações de mitigação ambiental e preservação cultural. Grande parte das 1.390 torres foi projetada para que os cabos passem acima da copa das árvores, reduzindo impactos sobre a floresta.
Este conteúdo é protegido por direitos autorais e não pode ser reutilizado. Se você deseja cooperar conosco e gostaria de reutilizar parte de nosso conteúdo, por favor entre em contato com: editors@pv-magazine.com.
Ao enviar este formulário, você concorda com a pv magazine usar seus dados para o propósito de publicar seu comentário.
Seus dados pessoais serão apenas exibidos ou transmitidos para terceiros com o propósito de filtrar spam, ou se for necessário para manutenção técnica do website. Qualquer outra transferência a terceiros não acontecerá, a menos que seja justificado com base em regulamentações aplicáveis de proteção de dados ou se a pv magazine for legalmente obrigada a fazê-lo.
Você pode revogar esse consentimento a qualquer momento com efeito para o futuro, em cujo caso seus dados serão apagados imediatamente. Ainda, seus dados podem ser apagados se a pv magazine processou seu pedido ou se o propósito de guardar seus dados for cumprido.
Mais informações em privacidade de dados podem ser encontradas em nossa Política de Proteção de Dados.