Uma das razões pelas quais começamos essa conversa foi o paper que a Sungrow publicou sobre a tecnologia de formação de rede. Você poderia nos explicar por que você o publicou e o que ele cobre?
É claro. Lançamos o artigo para compartilhar os insights e o progresso técnico que fizemos na tecnologia de formação de rede. À medida que mais recursos baseados em inversores se conectam aos sistemas de energia globalmente, reconhecemos a necessidade de fornecer uma visão geral clara do que a formação de rede realmente envolve – não apenas como um conceito de controle, mas como uma integração multicamadas de hardware, software e engenharia em nível de sistema. O artigo destaca como replicamos os comportamentos fundamentais dos geradores síncronos, como inércia e amortecimento, mantendo a flexibilidade da eletrônica de potência. É também um esforço para contribuir para a compreensão e colaboração em todo o setor.
Há quanto tempo a formação de rede está em desenvolvimento e como foi o caminho para a Sungrow?
O conceito remonta a uma ou duas décadas. A indústria tem trabalhado em sua implementação, e diferentes fabricantes podem adotar abordagens ligeiramente diferentes. Na Sungrow, nossa jornada se concentrou na construção de uma base tecnológica sólida que mescla a física da geração tradicional com as vantagens dos sistemas inversores modernos. Isso inclui tudo, desde resposta de frequência e suporte a curto-circuito até gerenciamento térmico e arquiteturas de controle multicamadas. Nosso objetivo sempre foi trazer estabilidade, escalabilidade e interoperabilidade para sistemas de energia complexos – dentro e fora da rede.
Falando em fora da rede, você diria que foi aí que essa tecnologia se consolidou?
Sim, isso mesmo. Muitas implementações iniciais foram em sistemas off-grid ou isolados – ambientes onde manter a estabilidade de tensão e frequência sem uma rede central é especialmente desafiador. Mas agora vemos as mesmas necessidades crescendo em ambientes conectados à rede, especialmente com o aumento da penetração de energias renováveis e a retirada de máquinas síncronas convencionais.
Como os inversores formadores de rede se comparam aos geradores síncronos em termos de resposta a perturbações no mundo real?
Funcionalmente, os inversores formadores de rede visam replicar o comportamento da fonte de tensão das máquinas síncronas. Eles fornecem resposta semelhante à inércia, regulação de frequência, controle de tensão e até mesmo resistência a falhas. A diferença está no hardware: os geradores síncronos são eletromecânicos, enquanto os inversores são dispositivos baseados em software. Isso significa que precisamos projetar cuidadosamente estratégias de controle – e, às vezes, aprimorar o hardware – para obter respostas semelhantes. Por exemplo, desenvolvemos sistemas de resfriamento e esquemas de balanceamento de células mais eficientes para lidar com os ciclos frequentes que a formação de rede exige.
Como os custos se comparam aos dos geradores síncronos, especialmente considerando a operação e a manutenção?
Máquinas síncronas exigem alta manutenção devido às peças móveis e aos motores primários. Nossos sistemas inversores – tanto para sistemas fotovoltaicos quanto para armazenamento de energia – são modulares, não possuem peças móveis e são mais fáceis de monitorar e atualizar. A capacidade de reprogramar a funcionalidade por meio de atualizações de firmware é uma grande vantagem. A longo prazo, os inversores de formação de rede oferecem uma solução mais econômica e flexível, especialmente à medida que os requisitos mudam.
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